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Política

Morre em Brasília ex-senador boliviano que se refugiou em Corumbá

Paulo Nonato de Souza | 16/08/2017 11:27
Líder do partido de extrema direita Plano de Progresso para a Bolívia, Molina era um dos principais opositores ao presidente Evo Morales (Foto: Arquivo)
Líder do partido de extrema direita Plano de Progresso para a Bolívia, Molina era um dos principais opositores ao presidente Evo Morales (Foto: Arquivo)

O ex-senador boliviano Roger Pinto Molina, que em 2013 se refugiou em um hotel no centro de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, morreu na madrugada desta quarta-feira, 16, aos 58 anos, no Hospital de Base de Brasília. Ele permaneceu em território sul-mato-grossense apenas o tempo de se refazer do cansaço da viagem e depois seguiu para Brasília, onde fixou residência.

De acordo com o Hospital de Base, o boliviano estava internado em estado grave desde o último domingo, 12, em consequência da queda do avião que pilotava, prefixo PU-MON, na tarde de sábado na região do Aeroclube de Luziânia, cidadã goiana do entorno do Distrito Federal.

Molina deu entrada no hospital com diversas fraturas pelo corpo e com traumatismo craniano. A equipe médica que o atendeu chegou a fazer drenagens nos dois lados do tórax e uma traqueostomia, que consiste em uma abertura no pescoço para a respiração artificial. Nesta quarta-feira, por volta de 4h43 (horário de Brasília), ele teve parada cardiorrespiratória e não respondeu às manobras de reanimação.

Histórico – Roger Pinto Molina foi senador pelo partido de extrema direita Plano de Progresso para a Bolívia, e era líder de oposição ao Governo Evo Morales. Em 2012, acusado pelo governo de cometer irregularidades, como danos econômicos de US$ 1,7 milhões ao Estado, ele foi condenado a um ano de prisão e se refugiou na embaixada brasileira em La Paz.

Em 2013, com a ajuda de um funcionário da embaixada, Molina fugiu de carro para o Brasil desde La Paz e entrou em território brasileiro pela cidade de Corumbá, que faz divisa com a Bolívia. A viagem entre a capital boliviana e a cidade de Corumbá durou 22 horas.

O senador só poderia deixar a embaixada brasileira mediante salvo-conduto expedido pelo governo boliviano, e sua fuga com destino a Corumbá causou a exoneração do Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, como saldo da crise diplomatica que o episódio provocou.

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