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Política

MS tem um dos menores índices de prefeitos que buscam reeleição

Fabiano Arruda | 05/08/2012 07:01

Mato Grosso do Sul apresenta um dos menores índices do número de prefeitos que vão buscar a reeleição nas eleições municipais deste ano, segundo estudo realizado pela CNM (Confederação Nacional de Municípios).

No Estado 67,4% do total de prefeitos tentarão o segundo mandato, mostra o levantamento. Só Sergipe tem um número inferior (66,1%).

Do total de prefeitos em MS, 46 deles poderiam tentar permanecer por mais quatro anos na prefeitura e, destes, 31 vão para a disputa, enquanto 15 abriram mão da candidatura nestas eleições.

O Estado do Acre é o que apresenta o maior índice de tentativa de reeleição. Dos 13 prefeitos que vão concorrer (de um total de 14), 92,9% será candidato, revela a Confederação.

Em São Paulo, o índice de tentativa de reeleição é de 80%, e no Rio Grande do Sul, 67%. Ainda conforme o estudo, em números absolutos, Minas Gerais é o que tem o maior número de prefeitos disputando um segundo mandato: 374.

O levantamento da CNM ainda indica que o partido político com o maior número de candidatos à reeleição no País é o PMDB com 531 (72%); seguido do PSDB, com 328 candidatos; do PT, com 316; do PP, com 248, e do DEM, com 178.

No País a quantidade de prefeitos que tentarão o segundo mandato é de 2.736 de 3.659 que têm esta prerrogativa.

Conforme resultados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a quantidade de prefeitos que conseguiu se reeleger em 2008 foi de 65,9%.

Jocelito Krug, presidente das Assomasul, afirmou que não seria candidato à reeleição nem se pudesse. (Foto: Arquivo)
Jocelito Krug, presidente das Assomasul, afirmou que não seria candidato à reeleição nem se pudesse. (Foto: Arquivo)

Polêmica - Os dados evidenciados pela CNM tratam de um dos artifícios mais contestados no sistema político brasileiro e pregado como vital para a reforma política.

Em entrevistas realizadas pelo Campo Grande News no mês passado com quatro candidatos à Prefeitura de Campo Grande, três deles se mostraram contra a reeleição.

Edson Giroto (PMDB), Reinaldo Azambuja (PSDB) e Vander Loubet (PT) defenderam o fim do artifício a criação de mandato único de cinco anos para o gestor municipal.

Alcides Bernal (PP) opinou que a reeleição até poderia permanecer no sistema político, no entanto, com controle sobre o uso da máquina pública para os candidatos que buscam o segundo mandato.

Recentemente, o presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Jocelito Krug, prefeito de Chapadão do Sul, afirmou que não concorreria à reeleição se pudesse.

Ele justifica que a função é muito desfavorecida porque os municípios atravessam momento de crise com o repasse de recursos que tem caído e, em contrapartida, os repasses constitucionais para Saúde e Educação, por exemplo, seguem inalterados.

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