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Política

Odilon vê com “naturalidade” ida do filho à cadeia para conversar com André

Segundo pai, Odilon Júnior não foi fazer negociação. Visita foi na segunda-feira e MDB anunciou parceria dois dias depois

Aline dos Santos | 15/10/2018 11:14
Odilon de Oliveira é candidato ao governo e veio hoje ao Campo Grande News para entrevista. (Foto: Marina Pacheco)
Odilon de Oliveira é candidato ao governo e veio hoje ao Campo Grande News para entrevista. (Foto: Marina Pacheco)

Candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, o juiz Odilon de Oliveira (PDT) viu com a naturalidade a visita de seu filho, o vereador e advogado Odilon de Oliveira Júnior, ao ex-governador André Puccinelli (MDB), preso no Centro de Triagem de Campo Grande.

A visita foi em 8 de outubro, a segunda-feira após o primeiro turno das eleições. No dia 10, O MDB anunciou a apoio ao PDT no segundo turno. Hoje, em entrevista exclusiva ao Campo Grande News, o candidato disse que o apoio da sigla, que tem a principal liderança atrás das grades, só enriquece o PDT.

Sobre a visita do filho ao presídio, Odilon respondeu que foi “absolutamente normal”. Ele disse que o filho foi colega de André Puccinelli Júnior na vida acadêmica e que  não foi ao local para fazer negociação. Atualmente preso, Puccinelli Júnior fez faculdade de Direito na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e se formou em 1999. Já Odilon Júnior se formou em 2006, na Uniderp.

Ouvido pelo Campo Grande News nesta segunda-feira (dia 15), o vereador Odilon Júnior nega que o tema da conversa tenha sido segundo turno. “Fui a convite do próprio André, como advogado. Mas não tenho como atuar no processo por conta da correria”, diz. Desde 2015, a defesa do ex-governador é liderada pelo advogado Rene Siufi.

Conforme o livro da portaria do Centro de Triagem de Campo Grande, que registra todas as entradas e saídas do estabelecimento prisional, incluindo atendimentos de advogados, Odilon Junior entrou às 11h37 de 8 de outubro, junto com o advogado Luiz Pedro Gomes Guimarães, um dos autores do pedido de abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Calote, que resultou na cassação do então prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP).

A cassação pela Câmara Municipal foi investigada na operação Coffee Break, que apura corrupção envolvendo vereadores e empresários. Luiz Pedro é um dos denunciados. “Eu faço alguns trabalhos para o André Puccinelli e coincidiu de ter pego o mesmo horário do Odilon”, afirmou Luiz Pedro nesta segunda-feira.

Liderança do MDB, André presidia o partido no Estado até 20 de julho, quando foi preso pela PF (Polícia Federal) na operação Lama Asfáltica, que investiga desvio de dinheiro público.

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