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Política

Paralisação de conselho é decisão política, diz secretário de Saúde

Conselho Estadual de Saúde anunciou nesta semana a paralisação total e por tempo indeterminado das atividades

Richelieu de Carlo | 04/08/2017 11:15
Nelson Tavares discursa em encontro no Hospital do Pênfigo. (Foto: Divulgação/Assessoria)
Nelson Tavares discursa em encontro no Hospital do Pênfigo. (Foto: Divulgação/Assessoria)

Para o titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Nelson Tavares, a decisão do Conselho Estadual de Saúde de paralisar as atividades é política, motivada por divergências de posicionamentos nos modelos de gestão do setor pelo governo.

“Fiquei bastante surpreso, não entendi ainda o que aconteceu. Pode ser que isso tenha algum prejuízo em termos de andamento na saúde pública do Estado, mas eu não fiz essa avaliação ainda. Vou ver as providências legais que vamos tomar em relação a isso”, disse Tavares após reunião no Hospital do Pênfigo na manhã desta quinta-feira (3).

O colegiado anunciou nesta semana a paralisação total e por tempo indeterminado das atividades em protesto a falta de estrutura física e administrativa para o trabalho.

Em ofício enviado ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB), ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), MPF (Ministério Público Federal), ao CNS (Conselho Nacional de Saúde) e ao Ministério da Saúde, o conselho explica que a decisão foi tomada pelo pleno na sexta-feira (28).

Os conselheiros são responsáveis pela análise da programação anual da SES (Secretaria de Estado de Saúde) para 2018, que compõe a LOA (Lei Orçamentária Anual) e tem de ser enviada à ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) antes do término do ano legislativo. O trabalho fica parado até que o órgão colegiado decida retomar as atividades.

“Acho que é uma decisão política de se contrapor aos posicionamentos do Estado, que realmente temos algumas diferenças ao modelo de gestão por exemplo”, explica Tavares. “Eles são contrários à Caravana da Saúde contrários a organizações sociais. Temos tido algumas dificuldades de relacionamento”.

Ainda segundo o secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, as motivações dos conselheiros são vagas e sem justificativas objetivas. “São motivações de insatisfação, eu concordo que há insatisfação. Mas fico surpreso com isso”, conclui.

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