Famoso por briga com Puccinelli e símbolo do PT, Militino morre aos 81 anos
Petista roxo, carregava as cores e a defesa da legenda nas roupas, na casa e até no carro

Morreu na tarde desta quarta-feira (15), em Campo Grande, aos 81 anos, o aposentado e militante histórico do PT, Militino Domingos de Arruda. O petista roxo carregava as cores do partido e palavras de defesa das principais lideranças da legenda, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-presidente Dilma Rousseff, nas roupas, por toda a casa e até no carro.
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Morreu, aos 81 anos, Militino Domingos de Arruda, militante histórico do Partido dos Trabalhadores (PT), em Campo Grande. Conhecido por sua dedicação ao partido, Militino mantinha sua militância ativa mesmo após ser diagnosticado com câncer. Ele era um defensor da participação popular na política e votou nas eleições internas do PT, mesmo em sua condição de saúde. Militino, que residia no Bairro Parque Novos Estados, era reconhecido por adornar sua casa com símbolos do PT e por sua paixão pela política, que começou há mais de 35 anos. O velório ocorrerá no Cemitério Memorial Park, com sepultamento agendado para as 13h30.
Filha de Militino, Edna Lauro de Arruda conta que o pai nunca abandonou a militância e, mesmo depois da descoberta de um câncer, em dezembro do ano passado, continuava “petista roxo”. “A cabeceira da cama dele sempre tinha a camiseta com o rosto da Dorcelina Folador e da Dilma”, lembrou.
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Morador do Bairro Parque Novos Estados há quase quatro décadas, a casa sempre foi ornamentada com cores e símbolos do Partido dos Trabalhadores e tinha até pequenas lousas com frases que mudavam diariamente.
A luta contra o câncer diminuiu a intensidade da militância, mas não afastou Militino da vivência do partido. Mesmo doente, fez questão de votar nas eleições internas do PT, em junho deste ano, que elegeram o deputado federal Vander Loubet (PT) como presidente estadual da Executiva e o deputado estadual Pedro Kemp (PT) como presidente municipal da legenda.
O aposentado também era um defensor da participação popular na política. Mesmo depois de completar 70 anos, quando o voto não é mais obrigatório, ele ia às urnas escolher seus representantes, como fez nas disputas de 2022 e 2024.
Em entrevista ao Campo Grande News na última eleição presidencial, ele disse que nunca deixaria de votar. Segundo ele, a militância começou há mais de 35 anos, depois de uma conversa com um amigo sindicalista, em Corumbá, onde nasceu. “Foi o suficiente para abrir minha cabeça. Na conversa com ele, eu peguei o que é política”, contou em 2022.
A paixão e a defesa pelo PT ainda fizeram com que ele protagonizasse uma cena histórica da política campo-grandense. Há mais de 20 anos, brigou com o então prefeito da Capital, André Puccinelli (MDB), durante um evento que acontecia em um domingo, com passe livre no transporte público.
Segundo a filha de Militino, ao vê-lo a caráter com roupas do PT, um dos seguranças tentou impedir o militante de entrar no ônibus; a confusão aumentou, com Puccinelli entrando na briga. Edna conta que os dois foram para a delegacia. “Teve todo o processo e acabou por isso mesmo”, concluiu.
O velório acontece no Cemitério Memorial Park, na Rua Francisco dos Anjos, no Bairro Pioneiros, e o sepultamento está previsto para as 13h30.
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