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Política

Petistas veem chances reais de vencer nas eleições de 2026 em MS, diz Zeca

Deputado avalia que é a primeira projeção de 2º turno em duas décadas

Por Maristela Brunetto, Fernanda Palheta e Mylena Frahia | 27/11/2025 11:35
Petistas veem chances reais de vencer nas eleições de 2026 em MS, diz Zeca
Zeca diz que há otimismo com a disputa estadual e partido tem feito articulações (Foto: Adivulgação AL/ Luciana Nassar)

O deputado estadual Zeca do PT disse que pela primeira vez em cerca de 20 anos, desde que deixou o governo do Estado após dois mandatos, vê o partido com chances reais de participar da disputa com possibilidade de chegar ao segundo turno. O governador Eduardo Riedel (PP) deve disputar novo mandato e os petistas têm centrado força em viabilizar o nome do ex-deputado federal Fábio Trad, filiado recentemente e considerado um nome “coringa” dentro do partido. Em 2022, o PT apoiou Riedel no segundo turno e foi aliado até este ano.

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O deputado estadual Zeca do PT expressou otimismo em relação às eleições de 2026 em Mato Grosso do Sul, afirmando que o partido tem chances reais de chegar ao segundo turno. Ele destacou a articulação em torno da candidatura do ex-deputado federal Fábio Trad e a possibilidade de ter a ministra Simone Tebet como aliada, apesar das incertezas. Zeca também mencionou a intenção do PT de ampliar sua bancada na Câmara Federal e a expectativa de conquistar uma das vagas ao Senado, atualmente ocupadas por Nelson Trad Filho e Soraya Thronicke. O deputado acredita que a organização interna e a militância do partido estão mais preparadas para a disputa, o que pode influenciar positivamente o resultado eleitoral.

O advogado tem reforçado a presença em redes sociais, manifestando-se principalmente sobre a política nacional, para ampliar o engajamento. Nos planos defendidos por Zeca, ele concorreria tendo como vice a esposa do deputado, Gilda. Outra aposta forte do partido é ter em seu palanque a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, do MDB. O partido não é aliado do PT e há incertezas sobre a escolha de Simone, que também é citada como um nome para disputar o Senado em São Paulo. “Então, nós temos que ter isso no radar, ao mesmo tempo que aqui nós articulamos a chapa competitiva, PT, PV, PCdoB, que é a nossa federação.”

Além de empenho em viabilizar uma candidatura robusta para a sucessão estadual e criar amparo para a campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em MS, o PT aposta em fortalecimento para ampliar a bancada. Hoje são duas vagas na Câmara Federal (Vander Loubet e Camila Jara). Loubet tem dito que seu plano é disputar o Senado.

Zeca disse considerar haver contexto para o partido ficar com uma das duas vagas que se abrirão para o Senado. Nelson Trad Filho e Soraya Thronicke encerram o mandato no final do ano que vem. Ambos buscarão reeleição, em um cenário disputado, onde também já se colocaram o ex-governador Reinaldo Azambuja e o ex-deputado Renan Contar, ambos do PL, e outros nomes do mesmo grupo político postulam a indicação dos partidos.

Ele compara com 2018, quando concorreu a uma vaga. “Em 2018, fui candidato a senador, com Lula preso, com Humberto Amaducci, que é um grande quadro, mas eleitoralmente fraco, governador, disputando com o Nelsinho, com a Soraya, com o Moka, com o Harfuche e com o Marcelo Miglioli. E no final eles botaram o Delcídio, mesmo assim fiz 300 mil votos”, comparou. O deputado citou, ainda, que na eleição seguinte, em 2022, o candidato do PT, Thiago Botelho, alcançou quase 200 mil votos, embora ainda fosse um nome em ascensão. “Ou seja, o PT tem 250, 300 mil votos”, analisou, citando que a definição de nomes e alianças pode reforçar esse peso.

Já em relação à Assembleia, Zeca compõe a bancada com Pedro Kemp e Gleice Jane. Ele diz acreditar que é esperado que o grupo político eleja pelo menos mais dois nomes. As articulações devem incluir políticos de diferentes regiões do Estado.

Gleice Jane também defendeu um cenário de otimismo na legenda, envolvendo a militância. Assim como Zeca, diz ter expectativa de a candidatura de Fábio Trad se confirmar e decolar. “Nessa vez a gente está vendo o partido, a militância, se organizando com muito mais antecedência. E um clima interno dentro do PT, de muita esperança, de muita expectativa, isso também faz a diferença durante o processo eleitoral.”

O ex-deputado tem dito que se filiou com liberdade para decidir o mandato a disputar. Ele considerou cedo fazer a definição, estando o partido em discussões permanentes.

Ao mencionar nomes competitivos, Zeca mencionou até o vereador Marcos Trad, irmão de Fábio, que poderia integrar uma chapa. Mas Marcos é filiado ao PDT, partido que ainda não está federado. Ele admite que quer disputar um mandato na Assembleia, mas não sabe como ficará a situação do partido que integra. No ano que vem, haverá janela partidária, mas somente para deputados, sem possibilidade de vereadores mudarem de legenda para participar da disputa.

Lula e as eleições em MS – Segundo Zeca, o presidente da legenda, Loubet, está empenhado em conseguir um horário na agenda do presidente Lula para debater as eleições em MS. Com políticos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro insistindo na meta de ampliar a presença no Senado, a fim de ter mais poder de pressão sobre o Executivo e o STF (Supremo Tribunal Federal), o cenário demonstra que todos os mandatos vão gerar disputa acirrada e polarização.