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Política

Prefeitura instaura processo que pode gerar demissão do médico Paulo Siufi

Zemil Rocha | 16/08/2013 16:15
Vereador Paulo Siufi é o presidente da CPI do Calote (Foto: Arquivo)
Vereador Paulo Siufi é o presidente da CPI do Calote (Foto: Arquivo)

A Prefeitura de Campo Grande instaurou processo administrativo disciplinar contra o vereador Paulo Siufi (PMDB), que é funcionário público municipal, ocupando cargo de médico na Secretaria Municipal de Saúde. A acusação é de que Siufi não teria cumprido a carga horária como médico. Uma das medidas punitivas que estarão sendo consideradas é a “demissão a bem do serviço público”, segundo informação da Procuradoria Jurídica do Município (Proju).

Por conta da carga horária que não estaria sendo cumprida, outra medida que poderá ser adotada pelo Município é exigir a “devolução do dinheiro que recebeu em excesso”. Na Proju, porém, ainda não há dados sobre o valor que poderá ser exigido.

Siufi é um dos líderes da oposição ao prefeito Alcides Bernal (PP) e preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Calote, que deve concluir seus trabalhos até o final deste mês e poderá propor a criação de uma Comissão Processante contra o chefe do Executivo.

Muito em função dessa situação, Siufi pediu licença do cargo de médico pelo período de dois anos, sem remuneração. Siufi foi procurado para falar sobre o processo disciplinar, mas, segundo sua assessoria, ele está viajando.

Em meados de maio, a administração de Bernal cogitou promover a transferência dos médicos Paulo Siufi e Leandro Mazina, ex-secretário municipal de Saúde na gestão de Nelsinho Trad (PMDB), ambos lotados na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Distrito de Aguão, que fica a cerca de 40 quilômetros da sede do Município de Campo Grande. Na época, devido à possível incompatibilidade de horários, caso não conseguisse um acordo, Siufi chegou a cogitar pedir demissão.

Mazina e Siufi alegaram haver caráter político e característica de represália, já que Siufi e Mazina são ligados ao ex-prefeito Nelsinho Trad. A Sesau argumentou, porém, que existia uma grande necessidade de médicos e outros profissionais em alguns postos de saúde de bairros da Capital e as transferências atenderiam a essas demandas, para melhorar o atendimento à população.

Além disso, a Sesau tinha decidido pela futura transformação da UBS do Aguão em unidade do Programa Saúde da Família (PSF), com o atendimento aumentando de um turno para dois, o que geraria para Paulo Siufi incompatibilidade de horários. Siufi estava lotado no Águão há mais de 14 anos, justamente porque seu atendimento era uma vez por semana. Ele dava atendimento em pediatria na UBS de Aguão nas manhãs das sextas-feiras.

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