PT oficializa saída do governo Riedel e entrega todos os cargos
Partido destaca boa relação, reconhece apoio no segundo turno de 2022 e promete transição tranquila

O PT (Partido dos Trabalhadores) oficializou, nesta terça-feira (26), o fim da aliança com o governo de Eduardo Riedel (PP) ao entregar todos os cargos ocupados por filiados à sigla após avaliar mudanças políticas.
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PT rompe com governo Riedel em Mato Grosso do Sul. A decisão foi oficializada após reunião entre dirigentes petistas e o governador. O partido entregou todos os 25 cargos ocupados na administração estadual, alegando mudanças no cenário político, principalmente a ida de Riedel para o PP e a aproximação com o PL, adversário do PT na eleição presidencial. A bancada petista na Assembleia Legislativa afirma que manterá postura republicana e apoiará ações institucionais do governo. O foco, agora, será a construção de uma frente ampla de apoio ao presidente Lula no estado. A saída dos cargos será negociada individualmente, sem exonerações em massa. O PT planeja oficializar a decisão aos filiados no próximo sábado.
A decisão foi comunicada ao chefe do Executivo estadual em reunião a portas fechadas, na Governadoria, no início da noite. Participaram do encontro os deputados estaduais Gleici Jane, José Orcírio Miranda, conhecido como "Zeca do PT", Pedro Kemp, o deputado federal Vander Loubet e o atual presidente municipal da sigla, Vladimir Ferreira.
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"A reunião foi de alto nível, de pessoas que são republicanas", disse Vladimir ao Campo Grande News. "Nós avaliamos todo o cenário político, os desafios que o PT tem pela frente e comunicamos ao governador a decisão de saída do governo", completa.
Ele discorreu que todos os cargos foram colocados à disposição e que a bancada seguirá apoiando ações institucionais do governo. "O foco agora é construir uma frente ampla que dará sustentação ao governo do presidente Lula em MS", conclui Vladimir.
Já o recém-eleito dirigente municipal da sigla reforçou que a saída de cada um dos 25 cargos ocupados pelo PT será negociada e tranquila. "Ninguém vai sair chutado, ninguém vai bater na mesa, nem haverá exonerações em massa. Vai ser tudo tranquilo, assim como no início da nossa parceria. Estamos saindo pela porta da frente, como entramos, e nossa bancada seguirá à disposição do governo", disse Kemp.
A sigla deve oficializar o fim da aliança aos filiados no sábado (30), quando Vander assumir o cargo de presidente estadual do PT. O parlamentar explicou que a saída da base governista ocorre após o desmonte do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) em Mato Grosso do Sul, com a ida de Eduardo Riedel para o PP (Progressistas) e Reinaldo Azambuja, então líder tucano sul-mato-grossense, para o PL (Partido Liberal).
"Nós os ajudamos a vencer o segundo turno de 2022. Viemos para dentro do governo e a reciprocidade foi muito grande. Riedel esteve presente em todas as visitas do Lula, tivemos uma troca muito boa, mas eles tomaram a decisão de se aliar àqueles que ajudamos a derrotar nas urnas, e isso impossibilita manter qualquer aliança", discorre o deputado federal.
Riedel, por outro lado, optou por não comentar a decisão do PT.
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