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Política

Reajuste do ônibus provoca debate acalorado na Câmara de Vereadores

André Salineiro também questionou o fato de a responsabilidade pelos terminais de transbordo ser da prefeitura e não do Consórcio

Danielle Valentim | 04/12/2018 11:38
O vereador André Salineiro puxou debate sobre o preço do ônibus na Câmara nesta manhã. (Foto: Marina Pacheco)
O vereador André Salineiro puxou debate sobre o preço do ônibus na Câmara nesta manhã. (Foto: Marina Pacheco)

A sessão da Câmara de Vereadores de Campo Grande nesta terça-feira (4) foi marcada por debate sobre a isenção do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) concedido ao consórcio Guaicurus e reajuste do passe de ônibus.

No uso da tribuna, vereador André Salineiro (PSDB) levantou o assunto e alegou se sentir enganado com a isenção concedida ao consórcio. Chegou a pedir "desculpas" a Campo Grande. " É um aumento imoral. Espero que não venha mais um pedido esdrúxulo de isenção para esse consórcio", declarou.

O vereador também questionou o fato de a responsabilidade pelos terminais de transbordo ser da prefeitura. "O consórcio recebe por isso e a responsabilidade é da prefeitura? Chegou a hora: ou entrega o contrato ou peça revisão detalhada", frisou. "Esse aumento é legal, mas não é justo. Esse aumento está além dos limites da inflação. Por que que quando o governo baixou o preço do óleo diesel a tarifa não baixou? Mas que bom que aconteceu isso em dezembro porque encerra essa isenção", defendeu.

A vereadora Dharleng Carmpos (PP) concordou com o vereador e disse que a Câmara precisa chamar a empresa responsável pelos serviços para cobrar explicações. Loester Nunes (MDB) também se manifestou, para lembrar que votou contra o incentivo fiscal às empresas de ônibus.  

Argumentação - Otávio Trad (PTB) entrou no debate e disse que o aumento da tarifa considera o preço do diesel, reajuste do salário dos motoristas, indice de inflação, número de passageiros, manutenção da frota, e que todo ano esses fatores aumentam. "Se é justo ou injusto precisamos seguir o contrato. Seria imoral se não respeitasse o contrato. Entendemos o fim de ano, mas temos que analisar a vigência do contrato e não a aplicabilidade", disse.

O vereador Carlos Augusto Borges (PSB) também saiu em defesa do cumprimento do contrato e reclamou da forma como Salineiro se referiu ao assunto. Para ele, o vereador chamou o prefeito de "imoral". O tucano rebateu, dizendo que não chamou o prefeito de imoral. "O aumento é imoral. E o problema não é o valor, mas sim a falta de condições da população"

Líder do prefeito Chiquinho Teles (PSD) pontuou que os últimos aumentos do vale transporte, em 2017 e 2018, foram os menores, e que esperava debates mais profundos sobre a saúde, por exemplo. 

Aumento - A nova tarifa de ônibus começou a vigorar nesta segunda-feira. O valor, antes em R$ 3,70, passou para R$ 3,95. A autorização foi dada pela Agereg (Agência de Regulação de Serviços) e sancionada pela prefeitura.

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