Reinaldo deixa PSDB e leva 18 prefeitos para reforçar o PL em MS
Tucanos admitem perda de força, mas descartam enfraquecimento estrutural

De saída do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), o ex-governador Reinaldo Azambuja deve levar com ele 18 prefeitos. A filiação ao PL (Partido Liberal) está marcada para 21 de setembro, data em que também assume o comando da sigla em Mato Grosso do Sul.
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Ex-governador Reinaldo Azambuja troca PSDB pelo PL e leva consigo 18 prefeitos de Mato Grosso do Sul. A mudança partidária, agendada para 21 de setembro, fortalece o PL no estado, ultrapassando o PSDB em número de prefeitos. Azambuja assumirá o comando da sigla estadual. A saída de Azambuja e dos prefeitos já era esperada dentro do PSDB. Deputados tucanos avaliam o impacto da mudança. Enquanto alguns reconhecem a perda de força política, outros afirmam que o partido se mantém competitivo para as próximas eleições e que a base de apoio ao governo estadual permanece intacta. Há divergências sobre o futuro do PSDB, com alguns prevendo seu enfraquecimento e outros apostando em sua reorganização.
Os prefeitos que seguirão Azambuja são: Marcos Calderan (Maracaju), Henrique Ezoe (Rio Negro), Thalles Tomazelli (Itaquiraí), Juliano Ferro (Ivinhema), Josmail Rodrigues (Bonito), Rosária de Fátima (Mundo Novo), Juliano Guga Miranda, o Guga (Jardim), Manoel Aparecido, o Cido (Anastácio), Neco Pagliosa (Caracol), Aldenir Barbosa, também chamado de Guga (Novo Horizonte do Sul), Weliton Guimarães (Alcinópolis), Wagner Ponsiano (Fátima do Sul), Cláudio Ferreira (Jaraguari), Ivan da Cruz Pereira, o Ivan Xixi (Paraíso), Arino Jorge (Rochedo), Erlon Fernando (Sete Quedas), Rogério Torqueti (Tacuru) e Clovis Leandro Ferreira Crivelli, o Clovis do Banco (Taquarussu).
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Eles se somam a outros cinco prefeitos já eleitos pelo PL: Rodrigo Sacuno (Naviraí), Murilo Jorge (Pedro Gomes), Rodrigo Basso (Sidrolândia), Maria Lourdes (Caarapó) e Max Antonio Souza Morais, o Dr. Max (Guia Lopes). Com os 18 novos nomes, o partido deve ultrapassar o PSDB em número de gestores municipais no Estado.
Repercussão - A movimentação já era considerada provável dentro do PSDB, segundo parlamentares ouvidos pelo Campo Grande News. Para o deputado Pedro Caravina, a saída dos prefeitos não compromete a competitividade eleitoral.
"Claro que o partido diminui de tamanho, como era esperado, mas continua sendo um partido forte com capacidade de lançar boas chapas para deputado federal e estadual no ano que vem e ainda de manter prefeitos e vereadores em seu quadro", afirmou.
A deputada Lia Nogueira reconheceu a perda de força política, mas descartou enfraquecimento estrutural no Estado. "Nós temos a maior bancada ainda na Assembleia, né? Na Câmara Federal também. E a gente faz parte da base de sustentação do governo. Então nós permanecemos no governo. Então eu não acredito em desidratar. Mas força perde, sem dúvida alguma", disse.
Na avaliação do deputado Paulo Corrêa, não há prejuízo porque o grupo político permanece unido. "É um grupo só, é só uma reacomodação. Não interfere em absolutamente nada, até porque o grupo é Reinaldo e Riedel", destacou.
Já Jamilson Name avaliou o cenário nacional e considerou que o PSDB perde relevância no Congresso. "Principalmente os deputados federais precisam ter bancada para ter voz dentro da Câmara dos Deputados. Então, automaticamente, vão procurar partidos grandes para ajudar a bancada. Infelizmente, o destino do PSDB é acabar", opinou.
A deputada Mara Caseiro vê o momento como uma nova fase de reorganização. "É um partido forte dentro de Mato Grosso do Sul. E ficando algumas lideranças, deputados federais, deputados estaduais, ele vai continuar tendo a sua importância", avaliou.
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