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Política

Reinaldo diz que escolha de Alckmin para comandar o PSDB dará unidade ao partido

Governador de MS evita declarar voto na eleição para a Executiva nacional tucana, mas elogia apoio dado ao paulista por Marconi Perilli, até então seu candidato para a disputa

Mayara Bueno e Humberto Marques | 29/11/2017 14:47
Reinaldo afirma que Alckmin tem condições de levar "harmonia" ao PSDB. (Foto: Chico Ribeiro/Segov)
Reinaldo afirma que Alckmin tem condições de levar "harmonia" ao PSDB. (Foto: Chico Ribeiro/Segov)

As movimentações visando a conduzir o governador de São Paulo e presidenciável Geraldo Alckmin à presidência nacional do PSDB darão unidade ao partido. A afirmação é do governador Reinaldo Azambuja que, mesmo reconhecendo essa característica no colega paulista, não confirmou seu voto na conferência nacional tucana –mesmo que o grupo do governador sul-mato-grossense sinalize apoiar Alckmin.

Reinaldo defendia até então a candidatura do governador de Goiás, Marconi Perillo, para a direção do PSDB, apontando-o como um nome de conciliação diante do atual presidente nacional tucano, o senador Aécio Neves (MG), e do senador cearense Tasso Jereissati. Os grupos destes dois estão em rota de colisão, graças às opiniões opostas sobre qual deve ser o rumo do PSDB em relação ao governo do presidente Michel Temer.

Perillo se reuniu na segunda-feira (27) com Geraldo Alckmin e anunciou sua saída da disputa, em nome de um consenso. O acordo foi costurado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e inclui também a desistência de Tasso, desde que Alckmin admitisse a candidatura ao comando do PSDB.

“Até então eu apoiava o Marconi Perillo. Era o nosso candidato, achávamos que tinha condições de ser o presidente. Nunca negamos que ele era o candidato de conciliação”, afirmou Reinaldo, citando em seguida a reunião do goiano com Alckmin e FHC. “Numa demonstração de espírito de conciliação, ele [Perillo] abriu mão, se for o caso, da disputa. Tudo em nome do consenso”.

Harmonia – O governador sul-mato-grossense considerou que “Geraldo tem toda a prerrogativa para dar harmonia ao partido. Ele vem com o espírito de unidade”. Porém, ele evitou antecipar o voto na conferência nacional, marcada para 9 de dezembro em Brasília.

Reinaldo considerou que “com a unificação, o PSDB vai voltar às origens. Sempre fomos um partido voltado para o desenvolvimento do país”.

O acordo entre Alckmin, Tasso e Perillo envolveria ainda espaço para o goiano na Executiva nacional. Tasso, por seu turno, abriria mão de cargos no partido, segundo reportagem publicada pelo jornal O Globo.

A cizânia no ninho tucano chegou ao ápice após Aécio destituir Tasso da presidência interina do PSDB –função para a qual o senador mineiro havia designado o colega cearense em março deste ano, em meio ao já arquivado processo para cassação de seu mandato no Senado, aberto por conta de denúncias de que o Aécio se beneficiou de propinas do Grupo JBS.

A distância entre os políticos envolve, entre outros pontos, a posição em relação ao governo do presidente Michel Temer. Tasso é favorável ao desembarque do PSDB da base governista, enquanto o grupo de Aécio defende a proximidade dos tucanos do Palácio do Planalto –posição que rendeu, por exemplo, pedido do senador mineiro a Temer para manter Antônio Imbassahy na Secretaria de Governo, cargo para o qual o deputado federal Carlos Marun deve ser nomeado em data próxima à convenção do PSDB.

Ano que vem – Quanto a eleição presidencial de 2018, para a qual Alckmin se gabarita como pré-candidato ao chegar ao comando do PSDB, Reinaldo Azambuja afirmou que é uma discussão que também deve ficar para o ano que vem. Segundo ele, há outros nomes no partido que poderiam encampar a missão.

“Pode ser o Doria [João Doria, prefeito de São Paulo], o Geraldo, o Arthur Virgílio [atual prefeito de Manaus]. Todos se colocam como pré-candidatos. Mas cabe ao partido, no ano que vem, decidir. Todos são bons nomes”.

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