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Política

Soraya e União Brasil são cobrados em mais de R$ 2 milhões por campanha

Senadora contou que credores avisaram que cobrariam; ela atribui dívida a retaliação

Por Maristela Brunetto | 27/02/2024 15:38
Soraya em peça publicitária da campanha à presidência; dívidas não foram quitadas (Foto: Reprodução Instagram/ Arquivo Pessoal)
Soraya em peça publicitária da campanha à presidência; dívidas não foram quitadas (Foto: Reprodução Instagram/ Arquivo Pessoal)

A senadora Soraya Thronicke, do Podemos, está sendo cobrada solidariamente junto com o União Brasil por um contrato não cumprido em R$ 1,8 milhão e ainda há créditos de R$ 300 mil a serem exigidos referentes a dívidas da campanha dela à presidência do Brasil, em 2022. Ela atribui a retaliação de dirigentes da legenda, em não terem quitado exatamente os contratos de pessoas com as quais manteve mais proximidade durante a campanha, mas poupa o presidente da legenda, deputado Luciano Bivar, sem direcionar as críticas.

Soraya disse que não se sente constrangida ou chateada pelas cobranças, uma vez que os serviços dos credores foram de “excelência” e deveriam ser pagos. Ela acredita que se houver bloqueio de valores, preferencialmente recairá sobre o partido, até porque, não dispõe do valor.

A agência D22 Comunicação SPE Ltda e o marqueteiro Lula Guimarães não conseguiram receber tudo sobre a prestação de serviços de comunicação para a campanha de Soraya. O profissional teria R$ 300 mil para receber, enquanto a empresa teria ingressado com cobrança de R$ 1,8 milhão, segundo divulgou a Globonews. A senadora disse que tinha conhecimento da situação, mas não tornou público, decidindo se manifestar agora que saiu na imprensa.

Ela admite que assinou os contratos junto com o partido. Soraya lembra que não tinha pretensão de ser candidata à presidência, acabando por aceitar “no último suspiro”, após insistentes pedidos de dirigentes da legenda, da qual se desligou na metade do ano passado. Para participar, disse que cobrou alteração de contratos, adequação da propaganda ao seu perfil, o que acabou resultando na proximidade com a agência e o profissional de marketing. Uma despesa de R$ 40 milhões caiu para R$ 6 milhões, aponta.

O partido dela à época detinha o maior fundo eleitoral, cerca de R$ 740 milhões, motivo pelo qual questiona a inadimplência. Para ela, trata-se de retaliação de dirigentes. Ela cita a situação em mais de uma ocasião da entrevista, deixando claro que poupa Bivar de suas críticas.

Ela diz acreditar que havia pretensão de que ela fosse somente figurante, mas passou a “performar”, chegar a 2 pontos de intenção de votos em curto período e, ainda assim, queriam “puxar o freio de mão”. Brincou que cobrava para que “fizessem pix” para pagar as despesas de campanha. Na época, chegou a ser noticiado que ela suspendeu a campanha por falta de recursos.

A senadora não foi citada sobre a cobrança, que acredita que tramita em São Paulo ou Brasília. Caso sofra bloqueios, diz ter confiança que poderá reverter, já que “todos saberão que fui vítima”.

Ela chega a dizer que esse constrangimento seria fruto de violência de gênero, e mostra que as mulheres devem acordar, ficar alertas, mas diz não se abater. “Eles vão aprender a duras penas que não podem subestimar as mulheres”, afirma, sobre os ex-colegas de partido, que devem ir “bater em outra freguesia”.

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