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Política

Testemunha em processo contra prefeito detalha esquema a vereadores

Lidiane Kober e Michel Faustino | 30/06/2015 18:48

Em audiência pública na Câmara Municipal, o empresário Salem Pereira Vieira detalhou, nesta terça-feira (30), partes de processo contra o prefeito Gilmar Olarte (PP). Ele foi convocado pelo vereador Paulo Pedra (PDT) e garantiu que trocou cheques mediante benefícios que seriam recebidos assim que Olarte assumisse a prefeitura.

Salem é testemunha em investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que apura se o prefeito cometeu corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele afirma que, a mando de Olarte, Ronan Edson Feitosa o procurou para trocar sete cheques, de R$ 800 a R$ 10 mil.

“Em troca, o Ronan prometeu conseguir obras e a concessão de oito áreas públicas, localizadas em bairros como Tiradentes, Santa Emília, São Conrado, Vila Anache e Vida Nova”, relatou na audiência sobre assédio moral. “Eu poderia explorar as áreas de 18 a 30 anos”, completou. Um dos terrenos, segundo Salem, seria avaliado em mais de R$ 200 mil.

O pedido para trocar os cheques, conforme ele, ocorreu em 2013, no período que estaria em andamento processo para cassar o então prefeito Alcides Bernal (PP). “Conhecia o Ronan da época que servi o exército, estávamos distantes, mas ele sabia que eu tinha um dinheiro guardado e me procurou”, relatou. Salem é proprietário de uma casa de carnes.

Após virar testemunha do processo, ele disse que virou alvo e passou a ser ameaçado. “O prefeito é um estelionatário, precisa deixar a prefeitura, precisa ser cassado, mas acredito que isso não vai dar nada, porque a Justiça é omissa. Estão há mais de um ano julgando a ação, nada aconteceu e nada vai acontecer”, comentou.

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