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Política

Testemunhas depõem em processo que pede cassação de 4 vereadores

Jéssica Benitez | 07/06/2013 16:19

Terminou hoje a sequência de oitivas feitas com eleitores envolvidos em possível esquema de compra de votos por parte dos vereadores eleitos Alceu Bueno (PSL), Paulo Pedra (PDT), Delei Pinheiro (PSD) e a vereadora licenciada e atual secretária Municipal de Assistência Social, Thaís Helena (PT).

Os parlamentares são acusados de captação ilícita de sufrágio (compra voto) por meio de distribuição de combustível durante período eleitoral do ano passado. A denúncia partiu do Ministério Público através do promotor de Justiça Rogério Araújo e pode resultar na cassação dos mandatos.

“Hoje se encerrou a coleta de provas. Abriremos prazo para alegações finais dos advogados e Ministério Público”, explicou a juíza da 36ª Zona Eleitoral, Elisabeth Rosa Baisch. Agora tanto defesa quanto acusação têm até o dia 24 de junho para apresentar suas respectivas conclusões.

A magistrada acredita que até a primeira semana de julho a sentença será proferida, mas antecipa que antes da data não pode detalhar o que de fato está ocorrendo. “Só posso dizer o que está acontecendo nos autos do processo. A partir da publicação da sentença todos terão acesso ao processo”, disse.

Ao todo foram 18 testemunhas entre defesa e acusação, porém, somente oito precisaram depor. Duas delas falaram com o Campo Grande News, diante da condição de não se identificar. Elas confirmam que receberam combustível, mas defendem que isso só ocorria quando havia carreata e, portanto, as testemunhas não consideram compra de voto.

“Recebemos gasolina da Thaís Helena e do Paulo Pedra, mas eles só nos deram quando tínhamos que acompanhar carreata. Eles não podiam tirar do próprio bolso né? Votamos neles há muitos anos e acompanhamos o trabalho de cada um, eles não precisam comprar voto para ganhar eleição”, explicaram.

Denúncia – A suspeita de compra de votos foi desencadeada após um posto de combustível de Campo Grande ser fiscalizado. No local foi constatado que vários condutores estavam pagando pela gasolina com espécie de vale-combustível, supostamente fornecidos pelos então candidatos.

Na ocasião, além dos próprios tickets, foram apreendidas listas com os nomes dos eleitores, números de telefone e placas de carro. Os nomes dos depoentes do processo foram retirados justamente do documento recolhido. Após anúncio da sentença os parlamentares podem recorrer da decisão.

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