Valter consulta advogados para levar companheiros ao PSB

O senador Valter Pereira (PMDB) está consultando sua assessoria jurídica para analisar a possibilidade de prefeitos e vereadores de seu grupo político lhe acompanharem em sua filiação ao PSB.

Ele teme que seus companheiros percam o mandato ou tenham outros tipos de problema com a Justiça Eleitoral se mudarem de sigla.

Por este motivo, Valter Pereira adiou sua decisão de migração partidária. Ele prometeu anunciar seu posicionamento até o fim do mês passado, mas resolveu postergar a data para 20 de maio.

"Estou fazendo esta consulta e não dei conta de cumprir o prazo, por isso adiei. Queremos tomar uma atitude de convergência", analisou o senador.

Mesmo trabalhando para que companheiros lhe acompanhem, Valter sabe das dificuldades jurídicas e já tem aconselhado prefeitos e vereadores a terem cautela.

"Precisamos ter cuidado, saber se essa atitude está sendo tomada de maneira confortável, para que ninguém se arrependa lá na frente. Quando a gente age com o emocional, corremos esse tipo de risco", analisou.

Valter informou que tem feito teleconferências com companheiros do interior, nos últimos dias, para tomar uma atitude em conjunto.

Ele ainda não sabe estimar quantos companheiros podem lhe acompanhar em sua mudança para o PSB.

O senador confirmou ter sido procurado pelo governador André Puccinelli (PMDB), que foi duas vezes até sua casa tentar convencê-lo a permanecer no partido. Entretanto, prefere não comentar a conversa.

Também prefere não fazer projeções sobre a possibilidade de levar o PSB a apoiar Zeca do PT nestas eleições. Diz que por enquanto está filiado ao PMDB e que só falará por outra legenda quando migrar para lá.

Valter Pereira decidiu sair do partido depois das prévias internas ao Senado, em que foi derrotado pelo deputado federal Waldemir Moka.

No dia da apuração, Valter chegou a acusar o grupo político do adversário de cooptar votos.