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Economia

Levantamento da Famasul aponta 42 áreas invadidas por índios no Estado

Vanda Escalante | 07/07/2011 12:08
Fazenda 3R é uma das áreas ocupadas por índios em Sidrolândia.
Fazenda 3R é uma das áreas ocupadas por índios em Sidrolândia.

Um levantamento realizado pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) aponta que os conflitos fundiários envolvendo as questões indígenas têm como saldo, hoje, um total de 42 áreas irregularmente ocupadas por índios em todo o Estado.

De acordo com o superintendente da Famasul, Carlos Alberto Valle, 13 dessas áreas estão na região da aldeia Buriti, atingindo os municípios de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti. O caso mais conhecido é o da Fazenda 3R, que teve a ordem de reintegração de posse derrubada pela Justiça para evitar o acirramento do conflito no local.

Esses números incluem tanto as regiões onde ainda há disputa e conflito em torno da posse da terra, quanto aquelas em que, apesar de não haver decisão judicial, os produtores rurais já “desistiram” das áreas ocupadas pelos índios nas propridades.

Os cálculos apresentados pela Famasul indicam que os índios vêm expandindo o território da aldeia através das ocupações. Assim, mesmo sendo apenas 2,3 mil hectares oficialmente demarcados como terra indígena no local, aproximadamente 3 mil hectares já estariam ocupados pelos índios da aldeia Buriti.

Esta semana, segundo o superintendente da Famasul, depois de ocuparem uma área da fazenda Bom Jesus, os índios anunciaram que pretendem entrar também em outras duas propriedades. “Eles argumentam que essa é a única maneira que têm para pressionar a Funai e as autoridades no sentido de resolver a situação”, diz Carlos Alberto.

“Fazendeiro não é contra índio e índio não é contra fazendeiro. O que acontece é que a situação está juridicamente desassistida. Então, de uma lado, temos nas propriedades os índios sem assistência da Funai e dos órgãos que os tutelam e, de outro, os proprietários acuados dentro de sua própria casa, com as mãos atadas, porque qualquer providência só pode ser tomada mediante ordem judicial e com a ação da Polícia Federal”, analisa o superintendente da Famasul.

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