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Economia

Lula envia ministro para conter tensão por terra

Redação | 29/06/2009 16:22

O ministro de Estado, Jorge Armando Felix, chefe do gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, veio a Mato Grosso do Sul com a missão de apaziguar ânimos na disputa por terras, entre índios e produtores rurais.

Depois de conversar com 30 caciques e com o administrador interino da Funai na Capital, na manhã de hoje, e visitar o governador André Puccinelli (PMDB) no início da tarde, o representante da presidência se reuniu com deputados estaduais, na Assembléia Legislativa.

Antes de entrar para mais uma rodada de conversas, Jorge Armando Felix falou rapidamente sobre o motivo da viagem e fez questão de frisar que não veio "tomar partido" no polêmico processo de demarcação de terras, que se arrasta há décadas mas tomou força após publicação de portarias da Funai no ano passado.

"Vim cumprir a política do governo federal de evitar crises", resumiu, reforçando que foi enviado pelo próprio presidente Lula.

Sobre a reunião com indígenas pela manhã, ele diz que apenas ouviu reclamações sobre confinamento nas aldeias, e pedidos considerados como "coisas simples", como educação para os filhos e autonomia econômica.

Já a conversa com Puccinelli foi rápida, de cortesia, afirmou, sem detalhar o teor da discussão com o governador.

Amanhã, os debates serão em Dourados, uma segunda fase do trabalho de levantamento pelo ministro em Mato Grosso do Sul.

"Em outra oportunidade devo voltar para falar com fazendeiros e ir até as comunidades indígenas", diz.

Nesta breve passagem pelo Estado, Jorge Félix pretende fazer uma radiografia sobre o que está em jogo e o clima instalado diante da proximidade dos estudos antropológicos, marcados para serem retomados em agosto.

"E então vamos nos organizar para garantir uma solução pacífica ao impasse", comenta.

Sobre o que já encontrou nos primeiros contatos com representantes dos índios e dos produtores, representados pelo governo estadual nessa questão, Jorge Félix preferiu não ampliar os comentários.

"Sou assessor da área de inteligência do governo, nosso papel é contornar, mas também evitar conflitos", explicou, sem avaliar o grau de tensão encontrado entre as partes envolvidas. "A imagem que levo é de grupos que têm ideais diferentes, mas expectativas parecidas", resume.

Na avaliação do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Jerson Domingos (PMDB), a presença do representante de Lula no Estado traz tranqüilidade. "

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