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Educação e Tecnologia

Ataque cibernético mundial faz Justiça e MPE de MS pararem atividades

Países de vários continentes relatam invasão de hackers a sistemas de computadores

Luana Rodrigues | 12/05/2017 15:10
Mensagem que aparece na tela de computadores invadidos.(Foto: Reprodução/ Exame)
Mensagem que aparece na tela de computadores invadidos.(Foto: Reprodução/ Exame)

Um ataque cibernético que atinge pelo menos 74 países desde a manhã desta sexta-feira (12) também afeta atividades no Brasil. Hackers estão cobrando US$ 300 por computador bloqueado via ransomware – um tipo de vírus que, quando entra em um sistema, restringe o acesso e cobra um valor "resgate" para que o usuário possa voltar a acessá-lo.

O Tribunal de Justiça e o MPE (Ministério Público Estadual) de Mato Grosso do Sul decidiram paralisar qualquer atividade online pelas próximas horas, para evitar a invasão de hackers nos sistemas, que tem dados confidenciais.

Mensagem disparada pelo MPE/ MS, aos promotores do Estado. (Foto: Reprodução/ Whatsapp)
Mensagem disparada pelo MPE/ MS, aos promotores do Estado. (Foto: Reprodução/ Whatsapp)

Na tarde hoje, o MPE emitiu um alerta a todos os promotores de Justiça do Estado, recomendando que não abram e-mails suspeitos, evitem acessar contas de e-mail particulares e que avisem, caso recebam alguma mensagem suspeita, já que o MP tem dados sigilosos. “Estamos com todos os computadores desligados, apenas atendendo telefones e pessoalmente”, informou a assessoria de imprensa do órgão.

No Tribunal de Justiça, a informação é de que o sistema de troca de e-mail será suspenso a partir das 16h. Não há previsão para retorno das atividades, nem informações sobre outros órgão que devem seguir a orientação.

Ataque mundial – Países da Europa, América Central e outros continentes estão sofrendo um grande ataque hacker desde a manhã de hoje. Além de grandes companhias de vários setores, hospitais e clínicas também tiveram computadores sequestrados via ransomware. A BBC afirma que entre os países afetados estão também os Estados Unidos, China, Rússia e Itália.

Os relatos indicam que os hackers estão cobrando US$ 300 por computador bloqueado via ransomware. Por exemplo, ao clicar ou baixar um arquivo malicioso, o computador de uma companhia é completamente compactado via criptografia.

As companhias praticamente não têm como pegar novamente esses arquivos, a não ser que pague o valor estabelecido pelo invasor — normalmente em bitcoin. Um modus operandi sofisticado, refinado, que não deixa traços, marcas ou trilhas de quem fez isso.

Segundo a revista Exame, o governo espanhol anunciou nesta sexta-feira em um comunicado que, várias empresas do país, entre elas a gigante das telecomunicações Telefónica, foram vítimas de um ciberataque. “O ciberataque não compromete a segurança dos dados nem se trata de um vazamento de dados”, afirmou o ministério da Energia da Espanha, que também se encarrega das questões digitais.

A espanhola Telefónica informou que foi vítima de um vírus que obrigou a empresa a desligar todos os computadores de sua sede em Madri. “É um vírus. Estamos esperando para ver as implicações”, afirmou à agência AFP uma fonte que pediu anonimato.

Uma empresa de segurança britânica, a G Data, afirmou que as origens do ataque ainda não foram desvendadas. A ameaça foi identificada por especialistas como sendo o vírus WannaCry.

Uma publicação da empresa de segurança Kaspersky no site SecureList fala sobre o assunto. Uma atualização liberada pela Microsoft em março deste ano teria evitado que o ataque se espalhasse. Como sabemos, infelizmente, nem sempre as atualizações de segurança são instaladas com regularidade.

O texto afirma que as soluções de segurança da empresa detectaram e bloquearam 45 mil tentativas de ataque do WannaCry em 74 países. O foco principal, de acordo com a empresa, foi a Rússia.

 

Matéria editada às 16h30, para atualização de informações

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