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Educação e Tecnologia

Ataque hacker atingiu 100 países, incluindo Brasil, "em grande quantidade”

Luana Rodrigues | 13/05/2017 10:20
Mensagem em tela de computadores infectados. (Foto: Reprodução)
Mensagem em tela de computadores infectados. (Foto: Reprodução)

O ataque cibernético global que ocorre desde esta sexta-feira (12), provocou interrupções em sistemas de computadores em cerca de 100 países. No Brasil, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República divulgou nota informando que aqui o ataque ocorreu "em grande quantidade, por meio de e-mails com arquivos infectados".

"Foram confirmados incidentes pontuais em estações de trabalho de servidores do INSS. Até o momento, não há registros e evidências de que a estrutura de arquivos dos órgãos da Administração Pública Federal (APF) tenha sido afetada", afirma a nota.

O GSI diz que o ataque cibernético trata-se de um programa que sequestra dados de computadores para, em seguida, exigir resgate. "O GSI, por intermédio do Alerta 02/2017, disponível no endereço eletrônico www.ctir.gov.br, difundiu, de imediato, orientações aos órgãos da APF com o objetivo de mitigar os efeitos negativos dessa ameaça mundial", destaca a pasta.

Em MS - Em Mato Grosso do Sul, o Tribunal de Justiça e o MPE (Ministério Público Estadual) decidiram paralisar qualquer atividade online nesta sexta-feira (12), para evitar a invasão de hackers nos sistemas, que tem dados confidenciais.

O MPE emitiu um alerta a todos os promotores de Justiça do Estado, recomendando que não abrissem e-mails suspeitos, evitassem acessar contas de e-mail particulares e que avisassem, caso recebessem alguma mensagem suspeita, já que o MP tem dados sigilosos. “Estamos com todos os computadores desligados, apenas atendendo telefones e pessoalmente”, informou a assessoria de imprensa do órgão, nesta sexta.

Mapa mostra países afetados pelo ataque. (Foto: Reprodução/ Jornal Extra)
Mapa mostra países afetados pelo ataque. (Foto: Reprodução/ Jornal Extra)

Pelo mundo - Conforme o jornal Extra, a fabricante russa de software de segurança cibernética Kaspersky Lab disse que seus pesquisadores observaram mais de 45.000 ataques em 74 países desde o início da sexta-feira. Mais tarde, a fabricante de software de segurança Avast disse que foram identificadas 57.000 infecções em 99 países. Rússia, Ucrânia e Taiwan foram os principais alvos, disse a Avast.

Hospitais e clínicas no Reino Unido foram forçadas a recusar pacientes porque seus computadores foram infectados por um novo tipo de “ransomware” que rapidamente se espalhou pelo mundo, pedindo pagamentos de até 600 dólares para restaurar acesso e misturando dados.

A FedEx Corp, a maior empresa de entregas do mundo, está entre as companhias cujos sistemas Windows, da Microsoft Corp, foram afetados pelo malware que, de acordo com empresas de segurança, foi espalhado por spam.

Apenas um pequeno número de organizações sediadas nos Estados Unidos foram infectadas porque os hackers aparentemente começaram o ataque visando organizações na Europa, disse Vikram Thakur, gerente de pesquisa da fabricante de software de segurança Symantec.

No momento em que eles voltaram sua atenção para as organizações norte-americanas, os filtros de spam identificaram a nova ameaça e sinalizaram que os emails carregados de ransomware eram maliciosos, disse Thakur.

A companhia de telecomunicações Telefónica foi uma entre os muitos alvos na Espanha, embora tenha dito que o ataque foi limitado a alguns computadores em uma rede interna e não afetou clientes ou serviços. A Portugal Telecom e Telefónica Argentina disseram também terem sido alvos dos ataques.

Companhias privadas de segurança identificaram o ransomware como uma variação do “WannaCry”, que tem a habilidade de automaticamente se espalhar por grandes redes ao explorar um conhecido erro no sistema operacional Windows.

O grupo Shadow Brokers divulgou o Eternal Blue como parte de uma série de ferramentas de hackers que disse pertencer à agência de espionagem norte-americana.

A Microsoft informou nesta sexta-feira que está impondo atualizações automáticas do Windows para defender clientes do WannaCry. A companhia disponibilizou uma atualização em 14 de março para proteção contra o Eternal Blue.

"Hoje nossos engenheiros acrescentaram detecção e proteção contra novo software malicioso conhecido como Ransom:Win32.WannaCrypt”, disse um porta-voz da Microsoft em comunicado, acrescentando que a companhia está trabalhando com seus clientes para dar assistência adicional.

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