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Educação e Tecnologia

Saturação impôs adaptação aos sites de compras coletivas

Mudança de hábito do consumidor e saturação do mercado obrigaram plataformas a se adaptarem

Gabriel Neris e Ricardo Campos Jr. | 25/09/2018 09:28
Peixe Urbano diz que reformulou plataforma para continuar oferecendo descontos para o consumidor (Foto: Kísie Ainoã)
Peixe Urbano diz que reformulou plataforma para continuar oferecendo descontos para o consumidor (Foto: Kísie Ainoã)

No começo da década de 2010, os sites de compras coletivas eram uma febre. Mas ela passou e a saturação do conceito impôs dois caminhos a quem entrou nesse tipo de negócio: o fechamento ou a inovação. A adaptação foi necessária para quem ainda persistia em continuar no ramo.

O Peixe Urbano, maior empresa de e-commerce do Brasil, aponta que em 2014 precisou mudar a forma de trabalho diante do comportamento do consumidor, segundo o diretor de Marketing da empresa, Adalberto Da Pieve. “Nosso dever de casa foi entender esse novo comportamento – muito associado à mobilidade, com o uso crescente de smartphones – e redesenhar o modelo de negócios para atender às expectativas do consumidor”, diz.

“Assim fizemos a transição para uma plataforma de e-commerce local, ou seja, um grande shopping de ofertas onde o usuário encontra uma infinidade de descontos para serviços locais, viagens e produtos – podendo, inclusive, utilizar o cupom logo após a compra, sem a necessidade de aguardar a ativação da oferta com um número mínimo de usuários. Nesse processo, foi fundamental a sensibilidade para as mudanças do mercado”, explica o executivo.

O diretor de marketing diz que o termo compra coletiva foi enterrado. “Esse modelo se baseava na premissa de compartilhamento, para que mais usuários comprassem cupons e a oferta fosse ativada. Esse formato era interessante porque cultivava o interesse dos clientes na plataforma e nos parceiros, criando uma grande rede de indicação de serviços e gerando expectativa sobre as ofertas lançadas a cada dia. Um tempo depois, o próprio cliente foi percebendo as regras do modelo como fatores limitantes, que provocavam alguma ansiedade”, afirma.

O representante acredita que agora o consumidor busca economia, praticidade e segurança no processo de compra.

Um dos modelos de adaptação ao que o consumidor espera é o aplicativo Reduza, plataforma sul-mato-grossense que atende em todo o Brasil. Um dos co-fundadores do Reduza, Neto Gonçalves, diz que cada vez as pessoas buscam por facilidade na internet.

“Não perdem mais tempo ao comprar pela internet. Em poucos segundos querem saber onde está o menor preço”, diz. “Facilitamos todo o ‘bate perna’ virtual que as pessoas tinham de às vezes procurar por cupons. Resumimos isso para alguns segundos”, explica.

A plataforma compara os preços de produtos pesquisados para o consumidor. Para garantir credibilidade, Neto explica que foram necessárias parcerias com grandes redes, como Casas Bahia, Shoptime e Ricardo Eletro. “Em tempo de crise é útil. As vezes você ia gastar R$ 299 em um tênis. Com a ajuda do Reduza paga R$ 199 e com esse R$ 100 pode investir em outra compra. Isso dá poder para o consumidor, também ajuda as lojas, que vendem mais e acaba fidelizando”, exemplifica.

Ainda assim Neto, considera que este mercado está engatinhando no Brasil. “No Brasil é nova essa questão de cupons, descontos para os consumidores. Está florescendo”, finaliza.

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