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Capital

Arma contra a fraude, identificação biométrica sofre atraso em MS

Aline dos Santos | 04/02/2014 10:01
Aulas nas ruas não tem controle biométrico. (Foto: Marcos Ermínio)
Aulas nas ruas não tem controle biométrico. (Foto: Marcos Ermínio)

Recurso para colocar a etapa prática do processo de obtenção de CNH (Carteira Nacional de Habilitação) a salvo de fraudes, a identificação biométrica do aluno foi adiada pelo Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito).

O procedimento para assegurar que o candidato cumpriu a carga mínima de 20 horas aulas de direção veicular deveria ter começado em novembro de 2013. Agora, a nova previsão é para abril deste ano.

De acordo com a assessoria de imprensa do Detran, a implantação depende da conclusão do sistema. Ainda sem sair do papel, a identificação biométrica iria fechar o cerco a alunos que querem fazer menos aulas do que determina o CTB (Código de Trânsito Brasileiro). A identificação pelas digitais seria exigida ao início e término de cada aula prática. Além de sorteios aleatórios para novo registro de impressão digital.

O recurso também inibe tentativas de troca de candidatos, como o esquema revelado em setembro do ano passado, quando uma candidata, que reprovou por três vezes, pagou R$ 1.700 para outra pessoa fazer a prova prática em seu lugar.

O controle chegou em 2012 às aulas teóricas, em que o curso só tem validade se o aluno passar pelo leitor biométrico todos os dias. “Nossas aulas são monitoradas pelo Detran e com fiscalização eletrônica. Põe a digital no começo e fim das aulas. Tem a fiscalização aleatória, que a pessoa deve confirmar a presença”, afirma o presidente do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores, Wagner Prado.

A prova teórica também só é feita mediante identificação das digitais. “E tem um banco de dados com mais de mil questões”, diz o presidente.

Apesar de o exame prático não ter fiscalização eletrônica, Wagner Prado avalia que o Detran é exigente. “No percurso, são dois examinadores dentro do carro e não é só dá uma voltinha no quarteirão”, salienta.

Para ele, a diferença de conduta entre o que se aprende e o comportamento nas ruas de Campo Grande é escolha do condutor. “Principalmente o motociclista, que quer se aventurar, pensa ter asas”, diz.

 Instrutor da autoescola San Marino, Tiago da Silva, conta que a maioria dos alunos garante que já sabe dirigir. “O pai ensina, dá o carro para eles”, relata. No entanto, há diferença em dominar um veículo e saber as regras de circulação. “Não olham no retrovisor, não sabem como fazer conversão”, diz.

E o limite da velocidade é excedido constantemente. As aulas se tornam sucessões de “puxões de orelha” para que transitem de acordo com as placas de velocidade da via. “Pode ir a 30 km/h, mas, logo já estão acelerando”. (Matéria alterada às 11h10 para alteração de informação)

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