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Capital

Motorista que matou pai e filho não tem CNH; testemunhas serão ouvidas

Nadyenka Castro | 07/05/2012 18:10

Polícia Civil abriu inquérito. Se for verificada alta velocidade, condutor será indiciado por homicídio doloso

No local do acidente ficou tênis de uma das vítimas e destroços do carro e da bicicleta. (Foto: Luciana Brazil)
No local do acidente ficou tênis de uma das vítimas e destroços do carro e da bicicleta. (Foto: Luciana Brazil)

Não tem CNH (Carteira Nacional de Habilitação) o motorista que matou pai e filho em acidente no fim da tarde de sábado (5), no bairro Zé Pereira, em Campo Grande. A Polícia Civil deve começar a ouvir no fim desta semana testemunhas do caso.

De acordo com o delegado Natanael Balduíno da Silva, da 7ª Delegacia de Polícia Civil, a informação sobre a CNH consta no relatório da Ciptran (Companhia Independente de Polícia de Trânsito).

Manoel do Carmo Castro, 49 anos, dirigia um Escort e invadiu a ciclovia da rua José Barbosa Rodrigues, onde Luiz Carlos de Souza Silva, 47 anos, a esposa dele, Virgínia Ramires, 39 anos, e o filho do casal, Luiz Vinícius Ramires Silva, se preparavam para andar de bicicleta.

O carro atropelou Luiz Carlos e Luiz Vinicius. Virginia viu o acidente e saiu ilesa. O motorista do automóvel também ficou ferido. As três vítimas foram levadas para a Santa Casa.

Manoel recebeu alta no mesmo dia. Luiz Carlos morreu horas depois e Luiz Vinicius foi a óbito na manhã desta segunda-feira.

O acidente foi registrado inicialmente, antes da morte do menino, como homicídio culposo (sem intenção de matar). A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso e verificar se o acidente foi realmente culposo ou doloso - quando a pessoa assume o risco de produzir o resultado.

Como parte das apurações, serão ouvidas testemunhas, periciados o Escort, o local do acidente e também as bicicletas que as vítimas seguravam. A Polícia quer saber se o carro de passeio estava em alta velocidade.

Se for verificado excesso de velocidade, Manoel deverá ser indiciado por homicídio doloso. Neste caso, poderá ser levado a júri popular e a pena é de seis a 20 anos de prisão.

Caso seja confirmado o homicídio culposo, Manoel poderá pegar de dois a quatro anos de detenção. Manoel não tem passagens pela Polícia.

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