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Capital

Obrigatório desde 1997, cinto ainda não é comum no banco traseiro

Bruno Chaves | 03/11/2013 08:35
Empresário reconhece a importância do cinto e pensa que além de salvar vidas, dispositivo livra de multas (Foto: Marcos Ermínio)
Empresário reconhece a importância do cinto e pensa que além de salvar vidas, dispositivo livra de multas (Foto: Marcos Ermínio)

O uso do cinto de segurança é obrigatório em todo o território nacional desde 1997. Determinada pelo artigo 65 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), instituído pela Lei nº 9.503, a regra provoca multa se for descumprida. Mesmo assim, na maioria das vezes, a lei só é respeitada pelo motorista. Para os passageiros dos veículos, parece não significar nada. 

Em enquete realizada pelo Campo Grande News, 69% dos leitores admitiram não ter a prática do uso do cinto quando estão sentados na parte traseira do carro. Fora da internet, nas ruas, é possível verificar o mau comportamento de usuários que, em sua maioria, só utilizam o dispositivo de segurança no banco da frente.

Na teoria, a avaliação de que o cinto de segurança salva vidas é unânime. Contudo, na prática, a situação é diferente. Como é mais fácil passar pela fiscalização sem ser visto no banco de passageiros, o dispositivo é deixado de lado.

“Eu não gosto de usar cinto porque incomoda. Às vezes me esqueço. Quando viajo, coloco com mais frequência”, disse a motorista Cristiane de Morais, 28 anos, lembrando que não orienta seus passageiros a utilizarem o cinto.

Já o empresário Ricardo Souza Lima, 37, reconhece a importância do uso do dispositivo no banco traseiro, mas confessa que só manda seus passageiros usarem por temor das multas. “Só falo para usarem porque senão leva multa. É difícil, mas é só por isso. Não tenho medo de acidentes”, revela.

O pastor Paulo Silva, 39, lembra que usar o cinto traz mais segurança não só para o motorista, mas também para o passageiro. Mesmo assim, os três ocupantes da parte detrás do veículo não usavam o dispositivo. “É responsabilidade nossa”, defendeu uma das jovens que estava sentada.

Acostumado a ir e vir pela cidade várias vezes durante o dia, o taxista Eduardo da Silva, 40, afirma que “às vezes” se lembra de pedir para que o passageiro utilize o cinto. “Quando os passageiros estão com pressa eu cobro”, afirma lembrando que o risco de uma batida pode ser maior.

Em alguns minutos de abordagens no cruzamento da Avenida Fernando Corrêa da Costa com a Rua 13 de Maio, a aposentada Maria Xavier, 63, foi a única passageira encontrada que utilizava o cinto de segurança no banco traseiro. “Me dá mais segurança”, contou rapidamente.

Já o vendedor Douglas Lincoln, 29, diz que determina que seus passageiros utilizem o dispositivo de segurança “tanto na cidade quanto na estrada”. “Tem gente que só usa na rodovia, mas acho que é importante em todos os lugares, até para segurança de quem está conduzindo”, opina.

Aposentada não abre mão do uso do cinto e afirma: "é mais seguro" (Foto: Marcos Ermínio)
Aposentada não abre mão do uso do cinto e afirma: "é mais seguro" (Foto: Marcos Ermínio)

Legislação – Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança do veículo, conforme previsto no artigo 65 do CTB, é infração considerada grave e passível de multa, além de medida administrativa.

De acordo com cabo Canale, da assessoria de comunicação da PRE (Polícia Rodoviária Estadual), o motorista é responsável pelos passageiros. “Se o motorista usar o freio repentinamente, o cinto evita que o corpo do passageiro seja arremessado para frente ou jogado para fora do carro”, exemplifica.

A conscientização deve ser do condutor do veículo, que “orienta os passageiros a utilizar o cinto de segurança”. O cabo ainda lembra que as chances de se evitar uma lesão grave ou fatal, em um acidente, são maiores quando se usa o dispositivo.

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