Funcionários se reúnem com diretoria de frigorífico onde 4 morreram

Hoje todos os setores estão em trabalho, exceto o curtume, que segue fechado pós a morte de 4 pessoas por intoxicação.

Após o episódio de vazamento de gás tóxico no curtume da Marfrig em Bataguassu, funcionários do setor estiveram somente em reunião com a diretoria da empresa na manhã desta quinta-feira.

Segundo relatos dos trabalhadores, a empresa colocou médicos à disposição para atendimento das vítimas do acidente. Os funcionários reivindicaram por acréscimo de insalubridade e treinamento específico para casos de vazamento de produtos químicos.

Nesta quarta-feira não houve expediente na empresa, hoje todos os setores estão em trabalho, exceto o curtume, que segue fechado para análise sob responsabilidade da empresa.

O caso - De acordo com o Corpo de Bombeiros, um caminhão descarregava ácido dicloro-propiônico em um tanque submerso quando trabalhadores que estavam próximos passaram mal.

O ácido entrou em contato com outra substância que havia no tanque e causou a reação, exalando grande volume de gás tóxico.

O motorista do caminhão percebeu que houve uma reação química e então fechou a válvula de descarregamento e se afastou do local. Três funcionários que estavam em uma estrutura acima do tanque caíram desmaiados.

Um quarto trabalhador tentou descer pelas escadas, mas, também ficou inconsciente. Os quatro morreram, três deles a caminho do hospital e um 10 minutos depois de dar entrada na Santa Casa de Bataguassu.

A Polícia abriu inquérito para apurar o caso e deve ouvir ainda hoje o engenheiro e o técnico em segurança do trabalho da Marfrig.