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Advogado ou Executivo Jurídico – A nova versatilidade do operador de direito

Por Yuri Murano (*) | 18/07/2014 13:28

O avanço empresarial e a globalização encadearam o aumento das demandas judiciais dando cara nova ao mundo do judiciário, surgindo os escritórios corporativos, demandas em massa, o planeta dos massificados, processos com matérias semelhantes e em larga escala, ligadas não só a litígios pessoais, mais também às questões sociais.

As demandas anteriormente voltadas aos conflitos de personalidade, posse, família, estão abrindo frente às demandas corporativas, instituídas por empresas multinacionais, com disponibilização de serviço em larga escala. Estamos diante de um sistema populacional em busca de seus direitos.

Em meio ao novo mercado, vamos dizer que, uma das profissões mais tradicionais está de cara nova. Não só de nova vestimenta, mas de um novo conceito. Além de conceitos detalhistas e teóricos, os operados de direito estão revestidos de conhecimento gerencial e visão negocial, afinal, a versatilidade corporativa se faz necessária.

Redação, interpretação e oratória são insuficientes para o novo executivo jurídico, o que deve prevalecer é o espírito empreendedor, conhecimento econômico, gestão de pessoas e empresas, estatística e logística, procurando não apenas a resolução do litígio, mas o custo benefício do processo.

Isto porque, o principal atrativo para o cliente na condução do processo, não se resume apenas em uma peça bem redigida ou a uma jurisprudência atualizada. O novo operador deve agir pautado na economia financeira do processo, o que deve ser levado em consideração é o “valor econômico em discussão”e é claro pautado pela legalidade.

Exige-se, atualmente, que o novo advogado seja não só um defensor de interesses, mas um parceiro de negócios, atuando no reflexo financeiro de uma demanda. Devemos deixar de lado aquele antigo advogado litigioso e voltar para o interesse social do cliente, sendo capaz de fazer análises globais de questões e procedimentos.

A discussão se faz importante, visto a escassez de profissionais nesta área, até mesmo porque nem todo estudante de Direito aprende, na grade curricular, a desenvolver as competências importantes para o exercício da nova atividade jurídica, quais sejam: a capacidade de prevenir e resolver problemas, ser proativo e ter uma boa rede de relacionamentos. Estas características parecem óbvias, mas ainda estão em falta no mercado.

A advocacia brasileira esta renovada e cabe a nós, operadores do direito, nos aperfeiçoarmos para o novo mercado de trabalho, exigindo-nos maior dedicação e maior persuasão profissional.O avanço populacional e empresarial modificou uma das profissões mais almejadas e cortejadas de todos os tempos. Estamos mais modernos e necessitamos ser mais perspicazes.

(*) Yuri Murano - advogado do Escritório Mascarenhas Barbosa & Advogados Associados. (contato@mascarenhasbarbosa.com.br)

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