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As verdades do bambu

Por Heitor Freire (*) | 04/06/2013 06:01

Bambu é o nome que se dá às plantas da sub-família Bambusoideae, da família das gramíneas. A partir dos anos 1980 tem havido uma intensificação do uso do bambu em diversas áreas industriais, sobressaindo-se a produção de alimentos, a fabricação de papel, além de aplicações em engenharia e na química.

Entre outras propriedades, o bambu tem em sua fibra homogênea e pesada uma característica especial, ela tem propriedades antibacterianas.

O interessante é que o bambu além de ser a planta com as características acima, se presta para uma interpretação filosófica de grande significado, como veremos a seguir. Nos ensina, por exemplo, a não desistirmos facilmente diante das dificuldades que surgirão e a ter sempre dois hábitos: Persistência e paciência, pois cada um merece alcançar todos os seus sonhos. Não é à toa que se diz que é preciso muita fibra para se chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar ao chão, que são também características do bambu.

Além disso, elencamos sete verdades, apresentadas no livro Buscando as Coisas do Alto, de autoria do padre Léo, assim enunciadas:

A primeira verdade que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a humildade diante dos problemas, das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o Único, o princípio da paz, aquele que se chama o Senhor.

Segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu da terra, pois o que ele tem para cima ele tem para baixo também. Precisamos aprofundar a cada dia nossas raízes em Deus através da oração.

Terceira verdade: Você já viu um pé de bambu sozinho? Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasçam outros ao seu lado (como no cooperativismo). Sabe que vai precisar deles. Eles estão sempre grudados uns nos outros, tanto que de longe parecem com uma árvore. Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores.

A quarta verdade que o bambu nos ensina é a de não criar galhos. Como tem a meta no alto e vive em moita, em comunidade, o bambu não se permite criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger nossos galhos, coisas insignificantes a que damos um valor inestimável. Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.

A quinta verdade é que o bambu é cheio de “nós” (e não de “eus”). Como ele é oco, sabe que se crescesse sem nós seria muito fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos. Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a Deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos.

A sexta verdade é que o bambu é oco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preenche, que rouba nosso tempo, que tira nossa paz, não seremos felizes. Ser oco significa estar pronto para ser cheio do Espírito Santo.

Por fim, a sétima lição que o bambu nos dá é exatamente o título do livro: ele só cresce para o alto. Ele busca as coisas do alto. Essa é a sua meta.

Sejamos como o bambu... Ele verga, mas não quebra.

(*) Heitor Freire é corretor de imóveis e advogado.

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