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Dilma desarruma e empurra a economia

Por Ruy San’Anna (*) | 08/07/2013 09:10

Até agora, todas as propostas apresentadas por Dilma, relativas às reclamações populares, provocam desarrumação maior do que o povo já enfrenta e grita contra. E nos últimos dias tenta mais e mais avançar com seus planos inconsistentes, sempre querendo nos dar a impressão de que está agindo. Uma coisa é certa, nas atitudes de Dilma: o Brasil começa a crescer. Como rabo de cavalo; cada vez maior e para baixo.

Ao contrário de Dilma e seus palacianos, o povo tem falado clara e objetivamente que não quer que o governo federal faça mais desarrumação no País. O povo, em primeiro lugar já disse para Dilma que quer a estrutura de gastos disponível, para ser vistoriada.

Em segundo, Dilma tem de parar com essa mania, de tentar nos fazer de bobos. Ela tem que nos dizer, sem enrolação, quais as metas para redução de gastos, como anunciada pelo ministro da Fazenda Guido Mantega há poucos dias.

Por que não reduz as absurdas despesas com cartões corporativos que levam milhões de reais da Nação para o esgoto do desperdício e ostentação, dela e de seus palacianos? Por que não diminui esse número absurdo de 39 Ministérios, para 15? Pois, todos sabemos que esse exagero de Ministérios e suas mordomias são totalmente dispensáveis para o concerto do País. Além de que esses Ministérios criados obscuramente, só servem para acochambrar costura mal feitas com linhas frágeis, que não aguentam um ajoelhar diante do povo, único superior nessa história toda, e que não é respeitado.

Veja a desfaçatez de Mantega que disse estar elaborando “um aperto fiscal, a ser anunciado nesta semana, para auxiliar o Banco Central no combate à inflação e reordenar a política econômica”. Mais medidas do governo, meia boca. Salvar o que, contra quem? Com 39 ministérios e sem Reforma Tributária? Quem pensa que engana? O negócio é o sufoco do povo nas ruas e o marasmo governamental.

A presidente precisa ser despertada, com urgência, para fazer uma Reforma Tributária, a qual alcançará diretamente a toda a população brasileira. A Reforma Tributária deve salvar e desenvolver as áreas da educação; da saúde pública atendendo ampla e seguramente a toda população. As grandes questões brasileiras, que estão aí, são muito mais complexas para serem tratadas, do que a presidente acha.

Na saúde está a classe médica e de enfermeiros, construção de hospitais e mais postos de saúde, com tecnologia disponível, e medicamentos à disposição, sem necessidade constante de as pessoas terem que buscar a Justiça para obter acesso aos remédios (e o pior é que muitas vezes o doente tem seu direito contestado, obrigando a Defensoria Pública a recorrer contra o SUS para conseguir a liberação do remédio). Em clima de promessas Dilma volta ao início e fim de sua primeira campanha à presidência, e promete o que já prometeu: construir postos de saúde etc. etc.

Os municípios brasileiros exigem ser conhecidos além das campanhas eleitorais onde a candidata passou algumas horas, se tanto. O governo federal não sabe das reais e urgentes necessidades dos municípios: quais os médicos que devem ir para tal cidade, ou qual a especialidade mais necessária; se alguns remédios são mais necessários que outros etc. Esses cuidados têm de ser integrais e sem mentiras ou meias verdades. Transporte, segurança, aposentados e pensionistas, merecem iguais cuidados e respeito.

Enfim, somente através da Reforma Tributária toda a vida nacional brasileira terá suas veias oxigenadas com o desenvolvimento e irrigadas com os brios morais e éticos.

Se a presidente Dilma, cada dia vem como uma redução pontual de impostos, que satisfaz à população com prazo definido, para que a Reforma Tributária?

Porque a Reforma Tributária tem de ser uma providência que abrace toda a economia e a Nação. A Reforma Tributária não será fatiada como lascas de presunto.

A Reforma Tributária irá a fundo, no cerne
dos problemas estruturais, sem fantasia, sem meio medida, sem prazo de mais dias, menos dias, como agora.

A Reforma Tributária tem de ser efetiva, abrangente e duradoura, definitiva.

Os problemas estão aí, na cara do governo. Só a ele parece não interessar. Pois, o governo diminuirá sua despesa com pessoal e até fiscalização, porque os mais de 30 impostos lembrados, de estalo, serão diminuídos drasticamente. O que facilitará a fiscalização e diminuirá, em muito a burocracia que tanto atrasa o País, como serve para a corrupção em cada martelada de carimbo.

A realização da Reforma Tributária, que pode não motivar muitas pessoas, ela é importantíssima. Ela regulará, facilitará a melhor vida do brasileiro, na medida em que também ajudará no controle da inflação.

O movimento popular pela Reforma Tributária fortalecerá diretamente nossos bolsos, se alcançar as ruas, e terá efeito positivo para uma arrumação objetiva, sem enrolação eleitoreira, consistente para a redução de impostos.

Para manter o pique de energia do povo unido, é preciso que entendamos que somente uma ação unida possibilitará o ajuste fiscal urgente e necessário.

Essa é a hora, para motivarmos os políticos sangue bom, que existem sim e precisam ser motivados, para unidos à sociedade em geral, agirmos em união por essa causa. Caso percamos essa oportunidade, estaremos errando o passo e levando mais um tropeção, ao não embarcarmos no trem certo da história. Portanto, temos que chacoalhar o governo de Dilma e mostrar ao Congresso Nacional quanto o povo está insatisfeito com mais essas exploração.

Essa verdadeira cruzada nacional precisa da mobilização popular, da participação efetiva das Federações Empresariais, Associações, Sindicatos, as mais variadas empresas de tudo quanto for segmento, trabalhadores e profissionais liberais.

Afinal, as cargas tributárias têm de ser a favor da Nação para melhoria de vida de cada um e todos os brasileiros. Que se acabe com essa história de País rico, com parte do povo que serve de massa de manobra eleitoreira do governo, enquanto todos sem exceção empobrecem. Cuide de sua carteira e bolso, a inflação está aí, por enquanto no vai e vem...

Imposto tem de ser pago, mas que seja decente e claramente aplicado, não como diz e mostra Dilma. Ela aparece com saia curta que mostra o que ela tenta esconder em muitas situações, até em viagens ao exterior. Por isso, está aí o estica e encolhe que Dilma se refere como “transparência” em seu desgoverno. Quando quer mostra, e faz festa. Quando não convém a ela, muda de assunto e desvia os focos da atenção popular.

Somos muito vigiados e cobrados nos pagamentos de impostos e demais obrigações. Não só enquanto povo, mas também os estados e municípios são constante e diariamente cobrados por responsabilidades que são sabidamente do governo federal. Este empurrão sobre os estados e municípios são responsabilidades do governo federal. É o governo federal quem tem a chave do cofre brasileiro, e basta um beicinho de insatisfação dos entes federados para a verba atrasar, projeto não ser aprovado etc.

Este assunto é amplo e merece conversarmos mais sobre ele. Vejam amigas e amigos, o Brasil aparece pela quarta vez entre os países que mais cobram impostos, e é lanterninha na qualidade dos serviços públicos à população. O Uruguai e Argentina estão melhores colocados que nós. Assim, enquanto rezamos para que os gritos das ruas sejam efetivamente respeitados e atendidos, lhes dou bom dia, o meu bom dia pra vocês.

(*) Ruy San’Anna é jornalista e advogado.

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