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Dilma: ministério, a primeira vitória.

Por Marcos Alex Azevedo de Melo (*) | 04/01/2011 13:40

Dilma ao emoldurar sua equipe ministerial, composta majoritariamente de integrantes do governo que se despede, vê surgir aqui e ali, rumores sugerindo desapontamentos, segundo esses ecos reprovadores, ela não apresenta novidade, apenas promove pequenas alterações e remanejamentos caseiro, nas criticas desferidas, infunde-se a idéia de contraditar o velho com o novo, comparam os estilos de um e de outro, insistem em desqualifica-la, sentenciando que o mando de seu governo estaria nas mãos de Lula, sequer disfarçando suas venenosas intenções que a de tentar (inutilmente) provocar cizânia entre ambos.

Como diria o Barão de Itararé, “de onde menos se espera, dái é que não sai nada,” falar no vazio, esse é o papel que a historia reservou às oposições e para o seu séqüito midiático, useiros e vezeiros em realizar análises superficiais, pecam novamente pela afoiteza e asperezas.

Importante ressaltar que o núcleo dirigente dessa coalizão, liderada por Lula, demonstra possuir a coragem e a firmeza para enfrentar hostilidades e disposição de lutar para evitar a reprodução de intimidações históricas, onde governos identificados com a causa popular, eleitos de forma democrática em nosso país, sempre foram sufocados e golpeados. Vencer essa tradição golpista representa uma grande vitória.

Se Lula fosse paralisar as obras do PAC, o Bolsa Família, a transposição do Rio São Francisco, o Pro-uni, o programa habitacional Minha Casa Minha Vida, o Pré-sal e tantos outros programas, por causa de criticas e do desabono geral da oposição e da grande mídia, estaria liquidado e seu governo seria um completo fracasso, diferente do clima de quase unanimidade em termos de aprovação popular que vemos hoje.

Navegar é preciso. As criticas desse nível perdem totalmente a importância e acabam diluídas, enfraquecidas ante aos êxitos das ações governamentais, êxitos que provocaram nas ultimas eleições, sérios danos e fortes avarias nas fileiras oposicionistas. Deve doer ainda mais aos oposicionistas verem diariamente, colunistas e escribas da grande mídia, afirmarem que não houve oposição no Brasil durante o governo Lula. Fica a pergunta totesdine no ar: a oposição perdeu por que se pautou pela mídia, ou deixou de vencer por que se pautou pela mídia?

Dilma deixou claro e claro esta para a sociedade brasileira, à quem verdadeiramente deve satisfações e isso felizmente vai se confirmando, que seu governo transcenderia ao segundo mandato de Lula.

Dois compromissos considerados vértices de Dilma estão imperiosamente sendo cumpridos: continuar a obra de Lula e valorizar a participação feminina em seu governo, (fato pouco comentando) o que atesta o alto grau de responsabilidade política da nossa presidente. O que deveria estar sendo valorizado, está sendo tratado de forma jocosa e ate ridicularizado, pois em nosso país é fato comum os políticos ao serem eleitos, descumprirem já nas primeiras horas de sua posse, os compromissos assumidos em praças públicas, cometendo assim verdadeiros estelionatos eleitorais.

Iniciar uma gestão descolada de um governo (que lhe apoiou) que chega ao final com fôlego administrativo para realizar inaugurações coletivas e simultâneas, utilizando para tal, sinal de satélite, que produz os melhores índices econômicos e sociais das ultimas décadas, atingindo a marca de 86% de aprovação popular, alem de uma quebra de contrato popular de proporções gigantescas, significaria praticar uma infantilidade, uma estultice.

Ela se apropria com legitimidade desse acervo, já na largada não desperdiça tempo, tradicionalmente “perdido”, em decorrência da inexperiência que toda equipe nova encontra ao se deparar com a grandeza e complexidade da maquina, o que lhe proporcionara, em nossa curta vivencia democrática, dar um salto qualitativo e obter um ganho comparativo inédito no exercício da presidência.

No mundo farisaico da política, fazer o obvio às vezes é difícil, estão ai, os articulistas e analistas da “grande imprensa” que diante desse oceano de obviedades, não conseguem (ou será que não querem?) enxerga-lo, felizmente o povo consegue.

Dilma, é uma mulher notável e inteligente e ela sabe que ter o seu governo confundido com o de Lula, ao invés de significar fracasso, representa um enorme sucesso, não é por outra razão, que segundo pesquisas, o povo se diz otimista com relação ao seu futuro governo.

As criticas localizadas, realizadas pontualmente, acerca de uma ou outra opção, para ocupar “essa” ou “aquela” pasta ministerial sempre são bem vindas, mas devemos sempre separar o principal do secundário. O principal agora é dar continuidade ao trabalho que Lula começou e a equipe mais habilitada para essa tarefa é o time que Dilma escalou.

(*) Marcos Alex Azevedo de Melo -o Alex do PT- é historiador, 1° suplente de vereador pelo Partido dos Trabalhadores de Campo Grande MS.

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