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Índio mascarado?

Por Ruy Sant’Anna (*) | 05/06/2013 06:04

Na Fazenda Buriti, durante a baderna provocada pela FUNAI, CIMI e ONGs, quem quisesse chegar até à sede da fazenda, não conseguia. Todos, até a imprensa, estavam proibidos de passar. Só os índios e seus instrutores tinham o salvo conduto verbal.

Que história é essa de impedir o uso do direito de ir e vir? Que história é essa de índio dar salvo conduto ou se adonar, na marra, de propriedade titulada? Que história é essa de mesmo com a morte de um brasileiro índio, por culpa e abuso de suas brutalidades e ataques contra policiais, quererem jogar responsabilidade sobre autoridades que estavam sob constrangimento, sendo atacados com pau, arma de fogo, facão? Que história é essa de desrespeitar uma ordem judicial, até rasgá-la, e jogá-la ao chão, cinematograficamente?

Que história é essa de indígena que esconde o rosto, com máscara, com pano ou camiseta? Quem esconde o rosto numa situação como a do confronto da violência contra a lei, só pode estar mal intencionado.

Quem esconde sua identidade em tais circunstâncias, está com seu anonimato mostrando o que pretende esconder. E não podemos esquecer, e a Polícia levar em conta, o fato de a proprietária da Fazenda Buriti dizer que na madrugada da invasão, tinha invasor que não era índio.

No mínimo, quem esconde o rosto sob uma máscara, em tal situação, pode estar mascarando interesses estrangeiros ou de agitadores que entorpecem a cabeça dos índios.

Ora, estamos tratando de um território brasileiro e do estado de Mato Grosso do Sul. Terra de gente ordeira e trabalhadora tal como a maioria indígena sul-mato-grossense.

Trata-se de um território brasileiro sobre o qual o Brasil, nesse fato e outras invasões igualmente violentas, não tiveram controle, até para não radicalizar a situação. Esse aspecto deve ser considerado, porque os instrutores dos índios veem isso como deficiência, da tática policial. E abusam.

Que belo exemplo de soberania nacional o governo federal dá... Bem nas fronteiras, aqui com o Paraguai e a Bolívia. Em outros estados, com o Uruguai, a Argentina, o Peru, a Colômbia, a Venezuela, a Guiana, o Suriname e a Guiana Francesa. Isso não dá ideia de bagunça ao mundo todo?

As três áreas indígenas reclamadas pela FUNAI, conforme indicado no mapa do estado de Mato Grosso do Sul, somam 201.459 Ha e isto representa 2.014 Km² de áreas que eram improdutivas. Bastou que passassem a produzir para arregalar os olhos dos ora reclamantes.

Outra coisa: grande a parte dessa área fica na fronteira com o Paraguai e Bolívia e pertencem até a sede de municípios como Iguatemi.

As terras agora estão nas mãos dos produtores rurais, que produzem soja, cana, milho, amendoim, mandioca, trigo, e gado em áreas adquiridas do governo federal desde o fim da Guerra do Paraguai (1864-70), quando o Império começou a colonizar a região.

As terras que os indígenas questionam, são terras produtivas cujos proprietários trabalham nelas, compram implementos agrícolas, endividam-se em bancos, reivindicam suas aspirações que na maioria não são atendidas pelo governo, apesar dos impostos que paga e mais deveres que cumprem.

A intenção da FUNAI é ampliar a aldeia Buriti de 2.090 hectares para 17 mil hectares, o que contraria diretriz fixada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), elaborada a partir do caso Raposa Serra do Sol, vedando a ampliação de aldeias já demarcadas.

Para quem interessa que desses momentos surjam quebra de respeito e convívio amistoso entre índios e produtores rurais, mesmo que possa resultar em algo pior? Se for isso, o pior, pra eles é melhor.

Os produtores rurais não acalentam o ódio nem a vingança em seus corações, mas a racionalidade e o respeito à Justiça.

Porém, o fato dos produtores rurais seguirem as determinações legais, não significa covardia diante da truculência das invasões indígenas. Os produtores estão no propósito da busca do entendimento, mesmo com os prejuízos materiais e emocionais imensos que já sofreram e amargam.

Num ponto os indígenas, o Ministério Público Federal e produtores rurais parecem estar de acordo: A sociedade brasileira exige que o governo federal defenda e estimule toda comunidade para o desenvolvimento e entendimento entre os irmãos brasileiros. E nesse sentimento construtivo, racional e de respeito ao ser humano, dou-lhes bom dia, o meu bom dia pra vocês.

(*) Ruy Sant’Anna é jornalista e advogado.

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