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Isso é tudo? Encontre o seu Ikigai!

Por Alice Schuch (*) | 10/07/2018 07:12

Nascida em 1921, Betty Friedan abordou a inquietação feminina que ocorria no século XX. Escreve a autora: “quando a mulher fazia as camas, as compras, comia sanduíches de amendoim com seus filhos e se deitava junto ao seu marido às noites, lhe dava medo fazer, inclusive fazer a si mesma, a pergunta nunca pronunciada: Isso é tudo?”.

Pontua a pesquisadora Betty Friedan que as mulheres de então sentiam um desconforto anônimo e costumavam referir-se a ele, verbalizando sentir-se vazia, incompleta, faltar algo e, não sabendo como resolver a indecifrável situação, recorriam muitas vezes à tranquilizantes.

O que foi acima referido pode ser relacionado com a teoria geral da motivação enunciada por Maslow, em particular, a teoria da satisfação de necessidades, que segundo o autor constitui o mais importante princípio para o desenvolvimento humano sadio, qual seja, a tendência para o surgimento de uma nova e mais elevada necessidade quando, ao ser suficientemente satisfeita, a necessidade inferior é preenchida.

Retomando o tema motivação, reportamos nossa visita aos pensadores japoneses, país onde existe a crença de que a longevidade e a saúde estão diretamente relacionados à alegria de se estar realizando aquilo que se ama.

Trazemos então a etimologia do termo Ikigai: ikiru, viver, e kai, a realização do que se deseja. Esse conceito pode nos ajudar na busca daquilo que dá sentido à nossa vida. Segundo ele, quando com igual feedback você responder as quatro perguntas que seguem, você está a caminho do seu ikigai:

O que você ama?
O que você é bom em fazer?
O que você pode ser pago para fazer?
O que você faz que é bom para o mundo?

A busca do autoconhecimento preconizada pelo método Ikigai se baseia, como observamos, na junção de quatro dimensões da nossa vida: a paixão, a vocação, a profissão e a missão.

E, para concluir, hoje, em pleno século XXI, tempo do Neofeminino, assim respondemos ao questionamento de Friedan: “sabemos que aquela situação pode ser boa, mas não é tudo”. Cada uma de nós possui o próprio Ikigai e é hora de encontrar o seu. Pense com carinho e responda: qual é o meu ikigai?

Em frente!

(*) Alice Schuch, escritora, palestrante, doutora e pesquisadora do universo feminino
Danii Scher

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