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Mais 200 mil empregos no Brasil

Por Rubens Menin (*) | 27/09/2018 14:24

Com a proximidade das eleições de outubro voltamos a refletir sobre o futuro que buscamos para o Brasil. A cada quatro anos, milhões de brasileiros vão às urnas em busca daquelas que consideram as melhores propostas e as melhores ideias dos candidatos à presidência da República.

O desejo de todos é praticamente o mesmo - saúde, segurança, educação, ética, moradia, riquezas (no sentido literal da palavra), entre outros tantos anseios que buscamos. Somado a todos esses desejos está a geração de empregos.

E esse será um dos principais desafios que o próximo governo terá de vencer. O número de desempregados no Brasil foi de 13 milhões de pessoas no segundo trimestre de 2018, o que representa 12,4% da população, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O mercado de trabalho brasileiro continua mostrando forte desânimo, com 65,642 milhões de pessoas fora da força de trabalho, maior número desde o início da série histórica do IBGE, em 2012.

E não é só esse indicador que preocupa. A previsão de Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 está cada vez menor. O cenário inflacionário, que estava relativamente controlado, piorou e Índice de Preços ao Consumidor vem demonstrando isto com clareza. É necessário virar esse jogo enquanto ainda é tempo.

Para mudar esse panorama sombrio, é preciso fortalecer a economia para que se volte a ter geração de renda. Não podemos aceitar que quase 65 mil empresas fechem as portas, como registrado em 2016, num levantamento do IBGE.

Particularmente, tenho bastante confiança que o setor de construção seja capaz de abrir mais de 200 mil postos de trabalho até final de 2018, ajudando bastante a minimizar o grave problema do desemprego no Brasil.

Vejo isso porque estamos falando de uma das indústrias mais importantes da economia nacional, que é capaz de empregar diversos tipos de trabalhadores, dos operários no canteiro de obras aos cargos de lideranças nas mais diversas funções nas construtoras.

Contudo, para o setor gerar empregos é necessário que a economia volte a crescer, que a confiança das pessoas regresse e, consequentemente, que o Brasil prossiga no caminho de uma retomada sustentável da economia.

Esse caminho do crescimento dependerá de uma série projetos importantes para o País, como a moralização da política nacional - que teve sua credibilidade ainda mais abalada pela greve dos caminhoneiros deflagrada em maio, a indefinição sobre a questão fiscal, entre outras importantes pautas que devem ser debatidas.

O setor de construção civil é conhecido por muitos como o “termômetro da economia”, isto porque ele influência diretamente outros setores para o desenvolvimento das cidades, como saneamento básico e mobilidade urbana. Vale lembrar que, em 2010, quando registramos um aumento do PIB de 7,5%, a taxa de crescimento da construção civil foi de 13,1%, o que comprova essa teoria.

É simples para mostrar como um setor importante e sensível pode fazer a roda da economia nacional girar. Grandes obras estimulam a economia brasileira e, consequentemente, aquecem outros setores importantes, gerando empregos e oportunidades. Precisamos concentrar nossos esforços para o que realmente importa nesse momento, para juntos retomarmos o caminho do crescimento.

Acredito no Brasil. Temos um potencial imenso e é dever de todos trabalhar par ao desenvolvimento da nação, sempre lutando por bons princípios e propósito acima de tudo.

Independentemente dos resultados das urnas em outubro, o próximo presidente deverá dar uma rápida e contundente resposta para a sociedade. Será necessário coragem e força política para colocar em pauta as esperadas (e importantes) reformas da Previdência Social, Tributária e Fiscal, que impactam diretamente o crescimento da economia nacional. Esse é o jogo da vida dos brasileiros. O caminho é a seriedade, trabalho, responsabilidade e determinação.

(*) Rubens Menin é presidente do Conselho de Administração e fundador da construtora MRV Engenharia.

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