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Mensaleiros, ideologia e droga!

Por Valfrido M. Chaves (*) | 18/11/2013 14:00

Bem sabe o leitor que o dependente de drogas curva-se ao seu uso por necessidades da própria alma. Tais substâncias têm a diabólica faculdade de alimentar em muitos espíritos um sentimento de plenitude, poder e superioridade que escravizam aqueles cujo Ego, por deficiência de autoestima ou depressão, buscam um alivio rápido para tais desconfortos. Como já se disse: ‘É o beijo de Deus”.

Felizmente não somos todos que temos necessidade de nos embriagarmos com a sensação de sermos deuses e estarmos, mesmo que por momentos, acima do bem e do mal, portadores de verdades e moral irrefutáveis, inatingíveis. Tais delírios de superioridade e grandeza seduzem aqueles que, por razões de sua história pessoal, têm suas dores psíquicas anestesiadas pelas drogas e os efeitos "mágicos" por elas induzidos. Felizmente, nem todos necessitam do diabólico “beijo de Deus”, permitam-me a blasfêmia.

Entretanto, nem só de drogas químicas alimentam-se os espíritos fragilizados, caro leitor. O “serial killer” e outros tantos bandidos encontram seus êxtases quando vêem no olhar da vitima a consciência de que vai morrer. Nazistas alimentavam seu delírio de superioridade racial com os fornos crematórios e comunistas russos com a extinção de minorias étnicas, execuções em massa, tortura e por aí vai.

Seis mil oficiais poloneses executados no Bosque de Katyn, pelos russos, pelo simples fato de serem católicos, são testemunhos de minha afirmação. Esclareçamos então que a simples aceitação de uma ideologia totalitária e onipotente, como o nazismo e o marxismo, já conferem ao “usuário” o delírio de estarem acima da verdade e da mentira, do imoral e do moral e, sobretudo, da dignidade do ser humano.

O valor que a tudo submete, é “o acerto da práxis”, ou seja, o resultado da ação revolucionária pela causa. Por isso, a mentira, a promoção do conflito e do ódio são o “feijão com arroz” de suas ações políticas. Sentem-se deuses quando corrompem, enganam, promovem o conflito entre classes e etnias, num vampirismo que vive do ódio. Nada exemplifica mais essa cartilha do que a semeadura de conflitos e ódios através do "conflito indígena", em MS, promovido por entidades estatais e religiosas.

Tais considerações que compartilho com o leitor me ocorrem ao vermos, as manifestações de arrogância deliróide dos Mensaleiros que, em fim, após sua espúria “macrodelinquência governamental”, conhecem o gosto amargo das grades. Com saudação socialista de punho fechado para a militância, e arenga sobre suposta condição de “presos políticos” após um “julgamento político”, não perdem a pose onipotente.

Nada falam sobre a CPI do Congresso, conduzida com dignidade ímpar pelo nosso Delcídio do Amaral, ainda petista, a qual deu lastro ao STF para o maior julgamento de sua história. É isso, leitor, uns têm o “beijo de deus” da droga química, outros se esconderam por trás do “beijo da limpeza racial da humanidade” .

Nossos mensaleiros, ainda orgasticamente, deliram com o beijo da “marcha da história para o socialismo” e onde, na expressão do ícone Fidel Castro, “ recuperaremos na América latina o que perdemos no Leste Europeu”. Mesmo que em Cuba não haja industria pesqueira, pois ensejaria a fuga dos barcos para Miami. Droga, qualquer que seja ela, química ou ideológica, é difícil abandoná-la. A realidade pouco importa.

(*) Valfrido M. Chaves é psicanalista, pós graduado em política e estratégia.

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