Prevenção, tratamento e dúvidas sobre um vírus que incomoda muitos
Há um vírus que tem incomodado muita gente: o HPV (Papiloma Vírus Humano), de transmissão sexual e que está relacionado a diversos tipos de câncer, como o de colo de útero e de pênis.
Mas calma que há tratamento e, mais do que isso, prevenção. E, é claro, nessa temática também é fundamental esclarecer algumas das principais dúvidas, como as que trarei a seguir.
É possível ter uma cara boa, de saúde, mas mesmo assim estar com alguma doença como o HPV?
É, sim! O vírus HPV é um bom exemplo disso: nos meninos, ele costuma ficar bem escondido. E em muitos casos nem dá para enxergar as lesões a olho nu.
Quanto tempo o vírus HPV pode ficar no corpo?
De dois a 15 anos é o período em que o vírus costuma ficar no corpo de uma pessoa. Na maioria dos casos, o vírus fica escondido e a doença só dá sinais (as verrugas e as lesões) quando a pessoa está numa fase de baixa resistência do organismo.
É verdade que dá para pegar HPV até sem penetração?
Sim! Essa doença é mais facilmente transmitida durante o sexo anal, vaginal e oral sem uso de preservativo. Mas também pode ser passada pelo contato com a área contaminada: por exemplo, esfregar o pênis na vagina, mesmo sem penetração. Por isso, uma das formas de evitá-la é vestir uma camisinha antes de qualquer contato sexual entre os genitais.
Como é o tratamento?
O passo inicial para tratar adequadamente é marcar uma consulta com a médica ou o médico: ginecologista para as meninas, urologista para os meninos. O especialista vai fazer os exames necessários e prosseguir com o tratamento, que pode envolver, por exemplo, a remoção das verrugas no próprio consultório, e outros procedimentos e cuidados mais para se ter em casa.
E a prevenção com a vacina, como é?
Atualmente, no Brasil, a vacinação contra o HPV é feita de forma gratuita no SUS para meninos e meninas dos nove aos 14 anos de idade, e também para grupos específicos, como pessoas com HIV/Aids, transplantados, pacientes com câncer e vítimas de abuso sexual.
Fora dessa faixa etária e de grupos específicos, a opção é fazer a vacinação na rede particular.
Enfim, é isso. Abra o olho, previna-se e cuide-se muito bem! Sua saúde, e seu prazer, agradecem! Até semana que vem!
(*) Laura Muller, psicóloga clínica, comunicadora e especialista em educação sexual, através da Folha de S. Paulo
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