Testículo sobre as passeatas

Raramente entro no mérito da política. Não compartilho meus ideais e muito menos fomento a briga. Mas a situação está no ponto extremo da 'coisa'.

Recentemente tenho visto brigas por lados partidários (as passeatas do final de semana mostram isso), que, não trazem resultado algum. Ou seria possível mudar o voto de uma pessoa buzinando na rua da sua casa?

O Povo Brasileiro (tratando como substantivo próprio) pensa que a situação está grave por termos candidatos extremistas, e enfrenta o Nexus 'esquerda/direita' como sendo o problema mais importante da década.

A situação é crítica não por termos uma resolução multipartidária falida das eleições, mas, sim, por termos e acreditarmos na ideologia que diz "vai ter que ser fulano, pois não temos melhor que ele no momento".

Esta ideologia só mostra o desespero do brasileiro: não devíamos escolher nossos representantes por ser o 'menos pior', e sim por ser aquele que representa nosso país (principalmente no quesito honestidade).

Vejo brigas nas quais pessoas sem histórico, muito menos traquejo algum, opinando sobre político X, enquanto pelas costas se drogam ou sequer correm atrás de um futuro.

Meus heróis morreram SIM de overdose. Ao passo que só por isso não tenho heróis que tenham morrido por uma causa honorável? Afinal, muito distante disso não foram suas mãos que penduraram Jesus na cruz?

O povo brasileiro já sofre demais, mas com brigas como essas que vemos todos os dias nas quais o Zé não aceita a opinião da Maria e vice-versa, acabamos querendo o que no final: discórdia ou a tão bajulada (e fajuta) 'Ordem e Progresso'?

(*) Napoleão Neto, engenheiro elétrico, ainda com fé, 2018.