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Cidades

“Momento de transição”, diz governador sobre retirada de PMs de presídios

Agentes penitenciários reivindicam exclusividade dos postos, porém, denunciam aumento de insegurança nas unidades prisionais

Tainá Jara | 01/10/2019 12:47
No Estado, são 1,6 mil servidores para tomar conta de 18,4 mil detentos (Foto: Arquivo)
No Estado, são 1,6 mil servidores para tomar conta de 18,4 mil detentos (Foto: Arquivo)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) garantiu que os Policiais Militares não serão retirados de todas as unidades prisionais de Mato Grosso do Sul. A promessa foi feita depois do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de MS) denunciar a situação de insegurança, com aumento na possibilidade de fugas de presos, em presídios onde a preservação ficou de forma exclusiva nas mãos dos agentes.

Em agenda pública na manhã desta terça-feira, o chefe do Executivo estadual classificou as denúncias como “fatos localizados”. “A PM não vai deixar todos [os presídios]. Nós estamos em uma fase de transição”, explicou. Tentativas de fuga foram registrados nos municípios de Dourados, Corumbá e Campo Grande, nos últimos dois meses.

Assumir o controle total dos presídios é uma reivindicação da categoria, no entanto, o alerta do sindicato é de que a mudança deve ocorrer de forma qualificada, com a formação adequada dos agentes penitenciários.

Conforme o governador, a substituição vai liberar PMs para atuar nas ruas, na proteção da sociedade. “É uma estratégia da própria segurança pública. Colocar os agentes penitenciários para fazer essas guardas. Lógico que com treinamento, com especialidade, para especificidade daquele momento, daquela vigilância que eles têm que ter principalmente na guarda externa e interna nas torres de todos os presídios do Estado”, explicou o governador.

O novo presídio, que será inaugurado na região da Gameleira, na Capital, já funcionará dentro desta estratégia. A totalidade da guarda será feita por agentes penitenciários.

No final deste mês, o governo do Estado convocou 200 agentes penitenciários aprovados em concurso realizado em 2016. Atualmente, 1,6 mil servidores para tomar conta de 18,4 mil detentos.

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