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Cidades

Após estudo, Saúde pede 3ª dose de vacina contra covid para idosos

Estudo foi realizado pela Secretaria Estadual de Saúde com base na vacinação de idosos em MS

Ana Paula Chuva | 14/08/2021 12:40
Idoso sendo vacinado no dia 19 de janeiro em Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami | Arquivo)
Idoso sendo vacinado no dia 19 de janeiro em Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami | Arquivo)

Estudo da SES (Secretaria Estadual de Saúde) indiciou a necessidade de reforço na vacinação contra covid-19 em idosos a partir de 60 anos. A pasta vai enviar as informações para o Ministério da Saúde e outras instituições pedindo envio de vacinas para aplicação de 3ª dose nesse público.

Conforme a pesquisa, em entre fevereiro e maio deste ano os idosos, que foram vacinados, adquiriram imunidade contra a doença, mas após esse período os casos nessa faixa etária voltaram a aumentar, inclusive com mortes.

O estudo deixou claro que a idade é um  fator de risco independente para o agravamento a covid-19 já que o sistema imunológico dos respondem menos à produção de anticorpos conforme o avanço dos anos, ou seja, a partir dos 60 anos há risco duas vezes maior de hospitalização ou morte por conta doença em relação à pessoas mais novas.

No Estado, a vacinação contra covid-19 começou no dia 19 de janeiro de 2021, como o recebimento de doses foi de forma escalonada, os primeiros imunizados foram os idosos em ordem decrescente de idade, ajudando no levantamento de dados por parte da secretaria. Os imunizantes utilizados foram  Coronavac Sinovac/Instituto Butantan e a AstraZeneca/Fiocruz.

Entre janeiro e maio o grupo teve o esquema vacinal, assim o levantamento constatou que desde o início da pandemia em março de 2020 a julho de 2021 foram registradas 5.626 mortes de idosos por covid-19 em MS. Desse total de mortes, 1.801 foram em 2020 e 3.825 em 2021, o que representa o aumento de 112% nos óbitos, mesmo com a aplicação das duas doses de vacina contra a doença.

Para idosos acima de 90 anos a possibilidade de hospitalização é de 8,5% e de morte é de 18,3%. Entre os 80 e 89 anos, a média é de 1,76 para casos confirmados e de 19,61% de evoluções para óbito, a faixa etária de maior letalidade e que registrou queda nos meses de abril e maio, voltando a subir nos meses de junho e julho.

Percentual de novos casos de covid-19 em idosos entre janeiro e julho de 2021 (Fonte: SES)
Percentual de novos casos de covid-19 em idosos entre janeiro e julho de 2021 (Fonte: SES)

 Já na casa dos 70 anos, a médica de confirmações foi de 3,56 e mortes 23,06% e entre 60 e 69 anos as taxas ficaram em 7,97 % dos casos confirmados e 27,79% nas mortes. Nas duas faixas etárias houve queda de mortes em maio e junho e crescimento em julho. É o que aponta o levantamento da secretaria.

A preocupação maior da secretaria é com população acima de 80 anos que manteve alta nas taxas de letalidade, dada pela proporção de casos que resultaram em óbitos por Covid-19, nos idosos.

O estudo ainda considera que há diversos fatores agravantes para o grupo como circulação de novas variantes, alta transmissibilidade, efeito da imunidade por conta da idade.

"Os idosos são os mais vulneráveis frente a doença causada pelo novo coronavírus e com relação aos dados sobre a efetividade reduzida nos idosos e pelo surgimento de novas variantes, desta forma avalia-se a possibilidade de dose de reforço a esse grupo, pois mesmo imunizados ainda estão sendo os mais acometidos pela Covid-19.", disse a pasta.

Percentual de mortes de idosos por covid-19 entre janeiro e julho de 2021 (Fonte: SES)
Percentual de mortes de idosos por covid-19 entre janeiro e julho de 2021 (Fonte: SES)

 Para o secretário de Saúde, Geraldo Resende, como o Estado atingiu números considerados na vacinação e criou um cinturão sanitário na fronteira ajuda que se tenha subsídios suficientes para colher dados consolidados relativos à imunidade dos idosos, por isso fará um pedido para envio vacinas para 3ª dose do grupo.

“A partir do nosso levantamento, vamos encaminhar essas informações para o Ministério da Saúde e outras Instituições como o Conselho Nacional de Secretários de Saúde e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde, solicitando o reforço de vacinas para o Estado para este processo de terceira dose. Não tenho dúvidas que Mato Grosso do Sul tem sido referência para o país e se mostrando um Estado avançando neste enfrentamento à Covid-19 e fará mais uma vez história no país", destacou o secretário.


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