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Cidades

Burocracia no Dnit trava reforma definitiva de ponte esburacada

O sentido Campo Grande–Corumbá está interditado para a realização da obra e ainda não há previsão de término

Por Izabela Cavalcanti e Fernanda Palheta | 02/07/2025 12:25
Burocracia no Dnit trava reforma definitiva de ponte esburacada
Imagem mostra buracos e vergalhões abertos na ponte sobre o Rio Paraguai, em Corumbá (Divulgação/Agesul)

Após os buracos e vergalhões ficarem expostos na ponte sobre o Rio Paraguai, localizada na BR-262, em Corumbá, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) iniciou os reparos na manhã desta quarta-feira (2), mas apenas emergenciais. Ontem (1º), dois motoristas tiveram os pneus de seus veículos furados devido à estrutura danificada da ponte.

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A Agesul iniciou reparos emergenciais na ponte sobre o Rio Paraguai, na BR-262, em Corumbá, após a estrutura apresentar buracos e exposição de vergalhões. Um termo de cooperação com o Dnit para a recuperação total da ponte está em andamento, com previsão de início das obras em julho. O projeto já foi concluído e aguarda a contratação. Entretanto, há um impasse sobre a responsabilidade pela ponte. O Governo do Estado alega aguardar autorização do Dnit desde o ano passado, enquanto o Dnit afirma que a responsabilidade é estadual. O deputado estadual Paulo Duarte solicitou reparos emergenciais e que o governo estadual pressione o Dnit. Duarte criticou a burocracia e a centralização das decisões, que atrasam a obra e colocam em risco a população.

O sentido Campo Grande–Corumbá está interditado para a realização do serviço. O trecho afetado fica a cerca de 150 metros da antiga praça de pedágio, atualmente desativada. Ainda não há previsão de quanto tempo irá durar a obra.

Paralelamente a essa situação, está em andamento um termo de cooperação com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), por se tratar de uma estrada federal, para a recuperação definitiva da ponte. “O projeto já foi concluído e a expectativa é de que, em julho, a Agesul inicie o processo de contratação das obras necessárias para a recuperação estrutural da ponte", diz a nota.

Desde o ano passado, o Governo do Estado aguarda a autorização do departamento nacional para dar início às obras. No entanto, ao ser questionado, o departamento federal informou apenas que “a ponte não é responsabilidade do Dnit, e sim do Estado” e pediu para tratar do assunto com a Agesul.

Durante a sessão desta quarta-feira (2), na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Paulo Duarte (PSB) apresentou uma indicação ao secretário estadual de Infraestrutura, Guilherme Corrêa, e ao governador Eduardo Riedel, solicitando a realização de reparos emergenciais na ponte. Além disso, o parlamentar cobra que o governo estadual pressione o Dnit.

No pronunciamento, o deputado explicou que a rodovia esteve sob concessão por um período, mas que o contrato foi encerrado, e a BR-262 voltou a ser de responsabilidade da União.

“Desde outubro, o Estado encaminhou um ofício solicitando acordo de cooperação técnica, mandou o projeto de recuperação da ponte, e até agora o Dnit não se manifestou. É um absurdo essa centralização, uma simples decisão de uma reforma que o estado vai pagar, está em Brasília, ou seja, os órgãos estão sendo sucateados. Eles encaram tudo como mais um processo e não percebem que isso está colocando em risco a vida das pessoas”, pontuou.

Burocracia no Dnit trava reforma definitiva de ponte esburacada
Equipe da Agesul faz reparos em buracos na ponte sobre o Rio Paraguai (Foto: Divulgação/Agesul)

O secretário de Governo de Corumbá, Nilson Pedroso, destacou que o problema acontece devido ao peso das carretas e pede mais fiscalização.

“As carretas com muito peso, que trafegam na rodovia, pedimos atenção das autoridades para que possa fazer essa fiscalização. A gente sabe que muitas empresas são conscientes, no entanto, outras trafegam com os veículos superlotados”, enfatizou.

No ano passado, a ponte passou por intervenção, em outro ponto. A previsão era de cinco interdições noturnas.

A contratação ocorreu em novembro de 2023 por R$ 1,6 milhão. Conforme divulgado na época, seriam instaladas rampas metálicas que, depois, seriam unificadas como parte da nova estrutura da ponte.

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