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Cidades

Casos de dengue em Mato Grosso do Sul aumentam

Agora são 3.801 casos prováveis e 1.234 casos confirmados em Mato Grosso do Sul

Por Lucas Mamédio | 10/03/2025 15:31
Casos de dengue em Mato Grosso do Sul aumentam
Mosquito Aedes aegypt, transmissor da dengue, no dedo de uma pessoa

O novo Boletim Epidemiológico da Dengue, divulgado nesta segunda-feira (10), mostra que os casos prováveis da doença aumentaram nas últimas duas semanas em Mato Grosso do Sul, mas o número de mortes em investigação permanece o mesmo. No último levantamento, publicado em 27 de fevereiro, o estado tinha 3.128 casos prováveis e 1.127 confirmados. Agora, os números subiram para 3.801 casos prováveis e 1.234 confirmações, um aumento de 21,5% e 9,5%, respectivamente. Apesar da alta, o total de óbitos confirmados segue em 3, enquanto outros 2 continuam em investigação.

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O novo Boletim Epidemiológico da Dengue em Mato Grosso do Sul revela aumento de 21,5% nos casos prováveis da doença, totalizando 3.801, e 9,5% nas confirmações, com 1.234 casos. Apesar disso, o número de mortes permanece em três, com dois óbitos ainda sob investigação. Jateí lidera em incidência, enquanto Campo Grande mantém baixa taxa de 8,7 casos por 100 mil habitantes. O sorotipo DENV-2 é o mais comum no estado. A vacinação enfrenta baixa adesão, com apenas 45,2% dos jovens de 10 a 14 anos vacinados. A infestação do mosquito Aedes aegypti preocupa em cidades como Ivinhema e Maracaju.

Os municípios com maior incidência de dengue continuam sendo Jateí, com 6.107,1 casos por 100 mil habitantes, seguido por Selvíria, Japorã, Paraíso das Águas e Inocência, todos com taxas elevadas de transmissão. Campo Grande registra 78 casos prováveis, mantendo uma incidência considerada baixa, de 8,7 casos por 100 mil habitantes.

O vírus da dengue, chamado DENV (Dengue Vírus), possui quatro variações conhecidas como sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A infecção por um deles gera imunidade contra aquele tipo específico, mas não protege contra os outros. Isso significa que uma pessoa pode ter dengue até quatro vezes, e cada nova infecção por um sorotipo diferente pode aumentar o risco de formas graves da doença. Em Mato Grosso do Sul, o DENV-2 é o mais predominante, identificado em 30,3% dos casos analisados, seguido pelo DENV-3 e DENV-4, que aparecem em menor proporção.

Outro dado preocupante do boletim é a baixa adesão à vacinação contra a dengue. Em todo o estado, apenas 45,2% da população de 10 a 14 anos tomou a primeira dose da vacina, e a taxa de cobertura da segunda dose está ainda mais baixa, com apenas 20,2%. Entre os municípios com maior cobertura vacinal, Selvíria lidera com 96,1% da primeira dose aplicada, enquanto Campo Grande tem um índice muito abaixo da média, com 29,5%.

O monitoramento do mosquito Aedes aegypti, feito por armadilhas de ovitrampas, mostra que cidades como Ivinhema, Naviraí e Maracaju apresentam índices alarmantes de infestação, o que indica risco elevado para novos surtos.

Já em relação às mortes, o boletim reafirma que três óbitos foram confirmados: um em Inocência, de uma mulher de 76 anos, outro em Três Lagoas, de uma mulher de 65 anos, e um terceiro em Nova Andradina, de uma idosa de 88 anos com comorbidades. Outros dois óbitos seguem em investigação.

Para denúncias de focos do Aedes aegypti, a população pode entrar em contato com o telefone 0800-647-1650.

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