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Cidades

Chefe do MPMS confirma contato com conselheiro sobre plano contra autoridades

Paulo Passos diz que conversa com Jerson Domingos após deliberação "conjunta" com o Gaeco, de onde é um dos alvos da ameaça

Marta Ferreira | 18/03/2020 19:50
Chefe do MPMS confirma contato com conselheiro sobre plano contra autoridades
O procurador Paulo Passos, chefe do MPMS, diz que fez contato com Jerson Domingos sob plano de atentado "em respeito" ao TCE/MS

Em resposta a conteúdo de entrevista concedida pelo advogado David de Moura Olindo, alvo da operação Omertá 2, deflagrada nesta terça-feira (17) em Campo Grande e mais 5 cidades, o procurador-geral de Justiça em Mato Grosso do Sul, Paulo Cézar Passos, enviou à redação do Campo Grande News nota na qual admite ter conversado com o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Jerson Domingos, também alvo da ação, sobre a existência de plano de atentado a autoridades.

Segundo Passos, o contato anterior à operação ocorreu depois de deliberação “em conjunto” com os promotores integrantes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) e em “respeito ao próprio Tribunal de Contas”. Ele afirma, ainda, que na oportunidade, declarou a Domingos ser “inadmissível” qualquer plano contra integrante do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

Conforme o relato, o conselheiro e ex-presidente da Assembleia Legistativa negou participação na empreitada criminosa apontada pela nova fase de investigação da Omertà.  A operação foi deflagrada em setembro do ano passado, contra grupo de extermínio.

Na entrevista ao site Região News, David Olindo, que também aparece no relatório improvisado, cita Jerson, atribuindo a ele conversa com Paulo Passos, antes da operação, na qual os dois teriam dado risadas da trama sugerida.

Na nota à imprensa, Passos diz “foi comunicado pela coordenação do Gaeco sobre possível ameaça proferida em desfavor de membro da instituição que integra o Gaeco”. Segundo ele, essa providência é regra no órgão ministerial.

Diante da informação de que um dos possíveis partícipes do plano de atentado a integrante do Gaeco seria conselheiro do Tribunal de Contas, continua o texto, “este PGJ e a coordenação do GAECO deliberaram em conjunto, em respeito ao próprio Tribunal de Contas, estabelecer um contato pessoal para esclarecer os fatos”.

Diálogo - Conforme Passos, foi solicitada reunião com o conselheiro Jerson Domingos,  “explicando a situação que chegou a seu conhecimento”. Conforme o procurador, nesse encontro, foi esclarecido “que é inadmissível qualquer ato que atente à integridade física de membro do Ministério Público ou agente do Estado em razão da sua atuação, uma vez que este PGJ entenderia tal ato como uma ameaça a sua própria integridade”.

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