Com estoques em baixa, Hemosul abre em período integral e pede doações urgentes
Tipos O+ e B+ estão muito abaixo do necessário; neste sábado, unidade funciona até 17h para facilitar doações
As doações de sangue no Hemosul estão abaixo do esperado. A gerente técnica da Rede Hemosul MS, Andrea Silva Campos, informa que os estoques dos tipos O positivo, O negativo e B positivo são os mais críticos no momento e faz um apelo à população para que compareça à unidade e faça a doação.
RESUMO
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O Hemosul de Mato Grosso do Sul enfrenta uma situação crítica nos estoques de sangue, especialmente dos tipos O positivo, O negativo e B positivo. A unidade abriu excepcionalmente neste sábado (3) até às 17h para facilitar as doações de pessoas que trabalham durante a semana. A situação é particularmente preocupante para o tipo B positivo, que conta com apenas 20 bolsas das 250 necessárias. O tipo O positivo também apresenta níveis baixos, com 90 bolsas disponíveis. Para reverter o quadro, o hemocentro tem mantido as portas abertas mesmo em feriados e pontos facultativos.
Neste sábado (3), o Hemosul funciona até às 17h como forma de facilitar o acesso de doadores que trabalham durante a semana e não têm tempo para ir até o local. Segundo Andrea, os estoques costumam ficar reduzidos em períodos de feriado, mas as doações já estavam em queda antes da Páscoa e seguiram em ritmo lento nos últimos dias.
O estoque do tipo B positivo, por exemplo, está com cerca de 20 bolsas — muito abaixo das 250 necessárias. Já o tipo O positivo conta com 90 bolsas neste sábado, número também inferior ao ideal. Para aumentar as doações, uma das estratégias adotadas tem sido manter a unidade aberta mesmo em feriados e pontos facultativos, como ocorreu na Páscoa e nesta sexta-feira (2), após o Dia do Trabalhador.
“Não fizemos campanhas específicas. Foram chamamentos pontuais direcionados aos doadores de tipos sanguíneos mais críticos, principalmente O positivo e O negativo. Também tivemos queda nos estoques de B positivo e A negativo, e por isso precisamos convocar esses doadores, mesmo sem campanha ampla”, explicou a gerente.
Márcio Leandro Hermes, de 37 anos, gerente de vendas, é doador há cerca de 10 anos. Ele esteve na manhã deste sábado no Hemosul de Campo Grande, aproveitando o horário ampliado, já que não consegue doar sangue durante a semana. Márcio tenta realizar a doação a cada quatro ou cinco meses.
“É bem tranquilo, não tem nenhum problema. Não dói, a gente é bem cuidado aqui, bem tratado. O ambiente é muito bom, então não tem motivo para não doar”, relatou.
Andrea Campos destaca que, nas últimas semanas, as doações têm sido, no geral, em volume reduzido. Segundo ela, o Hemosul precisa manter uma rotina constante de doações para garantir o estoque estratégico necessário ao atendimento hospitalar. Alguns componentes do sangue, como as plaquetas, têm validade de apenas alguns dias, o que exige reposição frequente.
Para doar sangue, é necessário ter entre 16 e 69 anos, pesar acima de 51 quilos, estar bem alimentado e observar os prazos relacionados a vacinações e uso de medicamentos, que podem tornar o doador temporariamente inapto. Doenças como gripe também impedem a doação, sendo necessário aguardar sete dias após o fim dos sintomas.
A gerente técnica informa ainda que a unidade de Três Lagoas também está aberta neste sábado. Em Campo Grande, um grupo de uma igreja agendou doações para o período da tarde. As ações em grupo geralmente são marcadas com antecedência, especialmente em finais de semana e pontos facultativos.
Interessados em agendar campanhas de doação em grupo podem entrar em contato com o setor de captação do Hemosul Campo Grande pelo WhatsApp (67) 98163-0057.
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