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Cidades

Com flexibilização, consórcio quer aumentar número de passageiros em pé

Consórcio protocolou pedido ontem, depois de reunião com Ministério Público e da volta gradativa à "normalidade"

Paula Maciulevicius Brasil | 15/09/2020 08:45
Sem aumento no número de ônibus, consórcio quer acrescentar passageiros em pé. (Foto: Marcos Maluf)
Sem aumento no número de ônibus, consórcio quer acrescentar passageiros em pé. (Foto: Marcos Maluf)

O Consórcio Guaicurus pediu à Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) para aumentar o número de passageiros viajando em pé dentro dos coletivos. Hoje, o limite estabelecido é de cinco para ônibus "curtos", sete para os "longos" e 15 para articulados. No documento, o presidente do consórcio, João Rezende, pede que seja estalecida 50% da capacidade que o fabricante do veículo estabeleceu para passageiros em pé, o que segundo ele, dá em média 40, 45 pessoas de pé, a depender do fabricante.

Com 70% da frota rodando, o consórcio não considera aumentar o número de ônibus nem com a volta parcial das aulas e dos eventos. "Se pudéssemos transportar mais pessoas em pé, não usaríamos nem 70% da frota, porque hoje temos 47% da clientela usando. Não voltaram a usar os ônibus, os estudantes, os idosos", argumenta o presidente.

"Nós pedimos 50% deste número, é um número bem razoável", considera João Rezende. O presidente repete a comparação que fez diante do Ministério Público e da Agetran em reunião na última quinta-feiram citando as viagens de avião.

Presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende exmplifica passageiros em avião para pedir aumento do número permitido em ônibus. (Foto: Arquivo/Silas Lima)
Presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende exmplifica passageiros em avião para pedir aumento do número permitido em ônibus. (Foto: Arquivo/Silas Lima)

"Desde o princípio os aviões têm adequado a sua oferta, de menos aviões e só voam com lotação máxima: são três pessoas uma ao lado da outra, o corredor e mais três pessoas uma ao lado da outra. Tem que manter a distância onde é possível, mas no transporte urbano, diante de tudo isso tem vários estudos comprovando que ele pode transportar mais pessoas naturalmente com observância do uso de máscara", diz.

Quanto à distância entre um passageiro e outro em pé, João Rezende fala que sentado não tem 10cm de distância, que quem está de pé, sai ganhando. "No meu ponto de vista, é uma posição privilegiada com relação à renovação de ar, porque a pessoa está na altura da janela", explica.

A reunião da semana passada foi para tratar de assuntos relacionados ao transporte coletivo e um dos pontos principais foi o de ampliação do número de pessoas, documento protocolado ontem de manhã na Agetran. "Hoje já falei com a Agetran para acelerar, porque a pressão está muito grande. Graças a Deus estamos vendo a cidade continuando o normal. E como já existe a possibilidade de parcialmente voltar às aulas e os eventos, o transporte não pode ficar como está".

O consórcio justifica que não é só colocar mais ônibus. "Estamos uma frota na rua que pode oferecer um número maior de viagens sem aumentar os ônibus. Em média, 15 lugares a mais por viagem é um número muito expressivo e isso melhora, o atendimento fica mais rápido".

Consórcio reforça que medidas como uso de máscara continuam sendo seguidas. (Foto: Marcos Maluf)
Consórcio reforça que medidas como uso de máscara continuam sendo seguidas. (Foto: Marcos Maluf)

As demais medidas, o consórcio fala que têm cumprido, como o distanciamento na fila para entrada na coletivo e uso de máscaras.

A Agetran respondeu que vai encaminhar o documento protocolado para análise de biossegurança por parte da Vigilância Sanitária, Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública).

Quanto à volta às aulas, o diretor-presidente da Agência, Janine de Lima Bruno, explica que não deve mudar o número de passageiros nos coletivos. "As escolas particulares, raríssimas exceções utilizam transporte público. Não muda nada, porque a grande maioria tem carro, o reflexo não vai ser quase nada".

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