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Cidades

Delator da Lama Asfáltica ofereceu imóvel de R$ 60 milhões para bloqueio

Na colaboração premiada, ele detalha que foi operador do ex-governador André Puccinelli

Aline dos Santos | 24/10/2019 11:15
Ivanildo Miranda durante depoimento da colaboração premiada. (Foto: Reprodução vídeo gravado pela Polícia Federal)
Ivanildo Miranda durante depoimento da colaboração premiada. (Foto: Reprodução vídeo gravado pela Polícia Federal)

Pecuarista, empresário e delator na operação Lama Asfáltica, Ivanildo da Cunha Miranda acenou à Justiça Federal com um imóvel de R$ 60 milhões para substituir demais bens sequestrados na quinta fase da ação da PF (Polícia Federal), batizada de Papiros de Lama. Na colaboração premiada, ele detalha que foi operador do ex-governador André Puccinelli (MDB) e coletava propina da JBS.

Como o processo de lavagem de dinheiro e corrupção passiva foi transferido recentemente para a Justiça estadual, a Justiça Federal avaliou, ao encontro do posicionamento do MPF (Ministério Público Federal), que o valor milionário era excessivo. Pois, agora só “resta” bloqueio de R$ 580.863,77 no processo por evasão de divisas em trâmite na 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande.

Em decisão publicada hoje (dia 24) em Diário Oficial, a Justiça Federal determina que o MPF se manifeste sobre o bloqueio de outro imóvel, com valor condizente ao sequestro de bens. A decisão também esclarece que não haverá liberação de restante de patrimônio.

Agora, quem decide é o juiz da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, atual parada da ação penal. O MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) já pediu bloqueio de bens, sendo R$ 32,6 milhões de Ivanildo Miranda.

Na Justiça Federal, foi mantido o bloqueio de R$ 16,3 milhões, com a seguinte distribuição: Ivanildo Miranda (R$ 580.863,77), André Puccinelli (R$ 3.583.312,41), André Puccinelli Júnior (R$ 3.583.312,41), João Paulo Calves (R$ 2.836.866,61), Jodascil Goncalves Lopes (R$ 2.171.798,13) e Instituto Ícone (R$ 3.583.312,41).

A transição da 3ª Vara da Justiça Federal para a 1ª Vara Criminal de Campo Grande tem motivado inúmeros pedidos de liberação de bens pelas defesas. A propina da JBS teria sido paga de 2007 a 2015 por meio de notas frias com valores milionários, dinheiro em espécie e doação para campanha eleitoral. 

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