Dez minutos contra a dengue: sábado é Dia D, de prevenção à doença
MS e prefeituras aderiram a mobilização nacional; MS tem 15 cidades com incidência em nível de alerta
Este sábado é Dia D, data para marcar a mobilização do poder público e acionar a comunidade para a prevenção à dengue. Alguns estados do País enfrentam situação de epidemia, o que motivou uma reunião nacional de secretários de saúde e a decisão de lançar uma campanha para incentivar as pessoas a evitarem os focos da doença.
A abordagem será por meio do mote ‘10 minutos contra a dengue’. A ideia é pedir que moradores destinem uma parte de seu tempo para identificar possíveis ponto de acúmulo de água que possam se tornar criadouros do mosquito que transmite a doença. A lógica é impedir a proliferação do mosquito. Autoridades têm noticiado que pelo menos 75% dos focos são encontrados dentro das residências, muitas vezes em embalagens ou objetos sem uso, que poderiam ter sido descartados.
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Em Campo Grande não haverá uma ação espalhada pela cidade, já que a situação não é grave. A Capital foi um dos municípios escolhidos para a soltura de wolbitos, um projeto da Fundação Oswaldo Cruz que utiliza mosquitos que ao se cruzarem com o Aedes aegypit impedem que ele passa a hospedar o vírus da dengue.
Na Capital, haverá uma blitz educativa no centro da cidade, no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho, programada pela Secretaria Estadual de Saúde, envolvendo órgãos públicos, para alertar a comunidade. Também haverá distribuição de material educativo no local e em serviços de saúde, como Hemosul e Hospital Regional.
Já a prefeitura enviará cerca de 80 agentes para a região urbana do Lagoa, no Bairro Portal Caiobá, saída para Sidrolândia, para visitar residências, eliminar potenciais criadouros e focos do mosquito e orientar moradores. O bairro foi escolhido porque a região apresenta alta incidência da doença. Também amanhã, será ampliada a faixa etária da vacinação, que começou com crianças de 10 e 11 anos e agora chegará aos adolescentes de até 14 anos.
Em boletim recente desta semana da Secretaria Estadual de Saúde constaram como situação de alerta as seguintes cidades, seguindo a ordem de incidência: Aral Moreira, Paranhos, Sete Quedas, Costa Rica, Coronel Sapucaia, Chapadão do Sul, Laguna Carapã, Tacuru, Antônio João, Iguatemi, Amambai, Mundo Novo, Paraíso das Águas, Juti, Brasilândia, Jateí, Maracaju e Caarapó. Essa condição ocorre quando há registros superiores a 300 casos prováveis por 100 mil habitantes. Campo Grande consta em um grupo de 34 cidades sinalizadas em verde, ou seja, uma situação de maior controle.
A presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde, Josiane de Oliveira, de Vicentina, participou da mobilização nacional esta semana em Brasília e gravou um vídeo convocando para o Dia D.
Mato Grosso do Sul já confirmou este ano três mortes pela doença e há mais uma sendo investigada. Os casos confirmados somam 1.602, com outros 4.667 prováveis ainda em análise. No ano passado, a doença castigou o Estado, causando 42 mortes e somando 41.046 casos.