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Em 17 anos da Lei Seca, MS registra quase 37 mil autuações

Segundo relatório do Senatran, Campo Grande é a 10ª Capital com mais infrações ligadas à lei

Por Jéssica Fernandes | 24/06/2025 14:37


Em 17 anos da Lei Seca, MS registra quase 37 mil autuações
Condutora realiza teste do bafômetro durante operação em janeiro de 2024. (Foto: Juliano Almeida).

RESUMO

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Campo Grande registrou 20 mil autuações relacionadas à Lei Seca, ocupando a 10ª posição entre as capitais brasileiras, segundo relatório da Senatran. São Paulo lidera o ranking com 231 mil infrações, seguida por Brasília e Rio de Janeiro. No Centro-Oeste, a capital sul-mato-grossense fica atrás apenas de Goiânia.Em Mato Grosso do Sul, foram 36.910 autuações, sendo 17.176 por dirigir alcoolizado e 19.734 por recusa ao bafômetro. Homens são a maioria dos infratores, com índice de positividade no teste 10% maior que o das mulheres. A faixa etária mais comum é entre 30 e 39 anos, representando 42% dos casos.

Campo Grande contabiliza 20 mil autuações relacionadas à Lei Seca, conforme aponta relatório divulgado pela Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito). No ano em que a legislação completa 17 anos de vigência, a capital do Estado aparece na 10ª colocação entre as capitais, no ranking nacional por unidade federativa.

O levantamento, divulgado neste mês de junho, mostra que a cidade de São Paulo (SP) lidera o ranking com 231 mil infrações ligadas à lei. Em seguida, aparecem Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ), com 198 mil e 122 mil autuações, respectivamente. No recorte regional do Centro-Oeste, Campo Grande só fica atrás de Goiânia (GO), que ocupa a 6ª posição, com 42 mil multas.

A Figura 1 do relatório apresenta o ranking completo elaborado pela Senatran, que considerou apenas os registros das capitais. Das 27 capitais brasileiras, 20 entraram na lista geral, sendo o menor índice o de Porto Velho (RO), com 14 mil ocorrências enquadradas na Lei Seca.

Em 17 anos da Lei Seca, MS registra quase 37 mil autuações
Figura 1 mostra posição da Capital no raking de infrações no Brasil. (Arte: Thainara Fontoura)

Números estaduais - No recorte estadual, Mato Grosso do Sul totaliza 36.910 autuações pela Lei Seca, no período de junho de 2008 a maio de 2025. Desse total, 17.176 infrações são por dirigir sob influência de álcool, enquanto outras 19.734 correspondem à recusa em realizar o teste do bafômetro.

Apesar dos números expressivos, MS ainda apresenta volume inferior ao de estados como São Paulo, que lidera também nesse aspecto com 170.295 autuações por dirigir alcoolizado. A figura 2 indica a quantidade de ocorrências por tipo nos outros estados.

O relatório também mostra que, dos 5.570 municípios brasileiros, 5.188 registraram ocorrências de infração à Lei Seca, 41 a mais do que o contabilizado até junho de 2024. Já 6,88% dos municípios brasileiros não apresentaram nenhum registro em 17 anos de vigência.

Em 17 anos da Lei Seca, MS registra quase 37 mil autuações
Figura 2 aponta o total de infrações registradas no Mato Grosso do Sul. (Foto: Senatran)

Esse cenário, segundo a Senatran, pode ser reflexo da ausência de fiscalização efetiva em áreas menos povoadas, ou da falta de recursos tecnológicos adequados para o registro e comunicação das infrações.

Perfil dos condutores - A Senatran também traçou o perfil dos infratores da Lei Seca com base em sexo e idade. Nacionalmente, os homens são majoritariamente mais multados do que as mulheres, somando mais de 2 milhões de ocorrências desde 2008.

Por outro lado, o relatório revela que menos de 30% das mulheres que se submetem ao teste do bafômetro apresentam resultado positivo para álcool no sangue, enquanto entre os homens esse índice é cerca de 10 pontos percentuais mais alto. A diferença sugere que os homens são mais frequentemente flagrados sob efeito de álcool ou substâncias psicoativas, possivelmente por aceitarem se submeter ao teste com maior frequência.

Quanto à faixa etária dos infratores, o destaque vai para motoristas entre 30 e 39 anos, que concentram 42,03% dos registros em ambas as infrações, tanto por dirigir sob efeito de álcool quanto por recusa ao bafômetro. A média de idade dos infratores é de 39 anos.

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