Em conferência, ministro elogia medidas de prefeitura contra vírus
Uma das atitudes elogiadas foi a suspensão do transporte coletivo por 15 dias

Em videoconferência com os prefeitos das 27 capitais brasileiras, o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta reforçou o pedido de ações que limitem o trânsito de pessoas para combater o novo coronavírus e parabenizou Campo Grande pelas atitudes tomadas até agora.
O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) participou da conferência junto com o secretário de saúde José Mauro. “Estamos bem avançados (em relação às demais capitais)”, disse.
Uma das medidas elogiadas foi a suspensão do transporte coletivo por 15 dias. “A medida do transporte coletivo foi inédita e nos parabenizou por termos disponibilizado ônibus para os profissionais de saúde públicos e privados”, disse o prefeito.
O ministro, segundo Marquinhos, reforçou que a atitude, tomada via decreto municipal, devia servir de exemplo aos outros prefeitos. “No transporte coletivo, a propensão de haver transmissão comunitária é muito maior”, enfatiza o chefe do Executivo.
A Capital morena também foi elogiada por implantar centro de triagem no Parque Ayrton Senna e ainda por ter instalado expediente de três turnos nas redes de saúde municipal e privada.
Sobre evitar ainda mais o avanço da doença, Mandetta recomendou ao prefeito que reforce os cuidados com quem mora ou, durante a quarentena, vai se dirigir a chácaras ou fazendas. “Falamos que muitas pessoas aqui estão indo para a área rural e ele pediu cuidado para as pessoas do centro não se juntarem a eles, senão levam o vírus para lá”.
Na ocasião, o ministro informou também que o ministério está fazendo o possível para atender as cidades com os estoques de equipamentos de proteção individual (EPIs) aos profissionais de saúde.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também participou da reunião.
Eleições – O ministro da saúde ainda comentou que as eleições municipais deste ano devem ser adiadas. “Está na hora de o Congresso falar: 'adia', faz um mandato desses vereadores e prefeitos. Eleição no meio do ano... uma tragédia”, afirmou. Os prefeitos preferiram não comentar sobre isso.
Para Marquinhos, o momento também não é para essa discussão. “Não estou pensando nisso. Quero proteger o cidadão da nossa cidade. Depois eu vejo isso”.