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Espetáculo no céu: durante pico, MS poderá observar até 51 meteoros por hora

Observatório Nacional divulga melhores horários para ver chuva de meteoros em MS

Por Anahi Zurutuza | 11/12/2025 19:11
Espetáculo no céu: durante pico, MS poderá observar até 51 meteoros por hora
Gemínidas, a chuva de meteoros mais intensa do ano (Foto: Observatório Nacional/Divulgação)

A mais intensa chuva de meteoros do mundo já começou e deve dar brilho especial para o céu de Mato Grosso do Sul. A temporada das chamadas Gemínidas acontece entre esta quinta-feira (11) e terça-feira que vem, com pico previsto para a madrugada de sábado para domingo, de 13 para 14. Em condições ideais, moradores do Estado poderão observar até 51 meteoros por hora, segundo projeção do Observatório Nacional.

RESUMO

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A mais intensa chuva de meteoros do ano, conhecida como Gemínidas, acontece entre 11 e 19 de dezembro, com pico previsto para a madrugada de 13 para 14. Em Mato Grosso do Sul, moradores poderão observar até 51 meteoros por hora em condições ideais, segundo o Observatório Nacional.Para melhor visualização, recomenda-se buscar locais afastados da poluição luminosa urbana. As Gemínidas são caracterizadas por meteoros lentos e duradouros, com colorações amarela, verde ou laranja, originados do asteroide 3200 Faetonte. Os melhores horários de observação em MS são entre 22h30 e meia-noite nos dias 11, 12 e 13, e entre 22h20 e 2h nos dias 14 e 15.

A estimativa está no guia elaborado por Gabriel Hickel, professor da Unifei (Universidade Federal de Itajubá), a pedido do ON. O pesquisador integra o programa de divulgação científica “O Céu em Sua Casa” e reuniu orientações para quem quiser acompanhar o espetáculo a olho nu.

Melhores horários para MS – Embora o auge mundial da chuva esteja previsto para às 5h do dia 14, o Brasil não estará na região mais favorecida. Ainda assim, o pico tem cerca de 12 horas de duração, o que deve garantir boas observações também no Centro-Oeste. Para Mato Grosso do Sul, as melhores janelas de observação serão:

  • 11, 12 e 13 de dezembro: entre 22h30 e meia-noite, quando a Lua estará baixa no horizonte;
  • 14 e 15 de dezembro: entre 22h20 e 2h.

O professor alerta que a Lua, mesmo em fase minguante, pode atrapalhar a visibilidade dos meteoros mais fracos, que são a maior parte do fenômeno. “O brilho da Lua atrapalha a observação dos meteoros menos brilhantes”, explica Hickel.

A tabela preparada pelo Observatório Nacional mostra que MS, junto com Espírito Santo e Minas Gerais, tem previsão de 51 meteoros por hora durante o pico, número menor em comparação a estados do Norte, que podem ultrapassar 80 meteoros por hora, mas ainda expressivo e suficiente para garantir um bom espetáculo a quem estiver longe das luzes urbanas, segundo o pesquisador.

As Gemínidas são conhecidas por apresentarem meteoros relativamente lentos e de duração longa, frequentemente com colorações amarela, verde ou laranja. Os mais brilhantes podem deixar “nuvens filamentosas” persistentes por alguns segundos.

Espetáculo no céu: durante pico, MS poderá observar até 51 meteoros por hora
Chuva das Geminidas em 2023 (Foto: Gustavo Silva (Ceará)/Exoss)

Expectativa e realidade – Para observar a chuva de meteoros, os astrônomos recomendam procurar um local escuro, longe da poluição luminosa das áreas urbanas, olhar na direção aproximada da constelação de Gêmeos e permanecer ao menos uma hora observando, após 15 minutos de adaptação ao escuro. A chuva de meteoros, porém, não é um “show pirotécnico”.

Segundo Hickel, a observação melhora quando se olha para o céu próximo das Três Marias, deixando a visão periférica trabalhar.

Diferentemente da maioria das chuvas de meteoros, que vêm de fragmentos deixados por cometas, as Gemínidas têm origem no asteroide 3200 Faetonte, que provavelmente é o núcleo rochoso de um antigo cometa já desgastado. Suas partículas entram na atmosfera terrestre a cerca de 35 km/s, criando as trilhas luminosas.

O radiante da chuva (ponto do céu do qual os meteoros parecem surgir) fica na constelação de Gêmeos, não muito distante do brilho intenso do planeta Júpiter, que este ano pode ajudar observadores iniciantes a localizar a região correta.

Desde a histórica chuva de 1833, que popularizou o termo “chuva de meteoros”, as Gemínidas são consideradas uma das mais belas do calendário astronômico.

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