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Cidades

Furtos de celular crescem em MS e, proporcionalmente, superam média nacional

Já os crimes patrimoniais caíram e mantêm índice entre os menores do país

Por Guilherme Correia | 25/07/2025 10:44
Furtos de celular crescem em MS e, proporcionalmente, superam média nacional
Casal caminha no Centro de Campo Grande enquanto um deles mexe no celular. (Foto: Alex Machado)

Mato Grosso do Sul registrou 4.406 furtos de celular em 2024, um aumento de 3,7% em relação ao ano anterior (4.249). Proporcionalmente à população, o Estado teve 16 furtos de celular para cada 10 mil habitantes, índice acima da média nacional, que foi de 15,1 por 10 mil.

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Mato Grosso do Sul registrou aumento de 3,7% nos furtos de celulares em 2024, totalizando 4.406 ocorrências. A taxa estadual, de 16 furtos para cada 10 mil habitantes, supera a média nacional (15,1). O estado ocupa a 10ª posição no ranking nacional, com índice maior que estados vizinhos como Mato Grosso e Goiás. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025. O anuário aponta que o furto de celulares representa mais da metade dos furtos no país, com 325.486 casos em 2024. Especialistas atribuem o cenário à facilidade de revenda e à existência de mercados paralelos. Apesar de medidas como o Cadastro Nacional de Celulares Impedidos, a efetividade ainda é limitada. Em Mato Grosso do Sul, a média diária foi de 12 furtos. Recomenda-se maior integração entre polícias e empresas de telefonia, campanhas de incentivo ao registro de boletins de ocorrência e ações para combater quadrilhas especializadas.

Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, que aponta que o furto de celulares representa mais da metade de todos os furtos registrados no País. No total, o Brasil teve 325.486 celulares furtados em 2024, número que vem se mantendo em taxa  estável nos últimos três anos.

Entre os estados com as maiores taxas proporcionais de furto de celular estão o Distrito Federal (37,5 por 10 mil), São Paulo (27,4) e Rio de Janeiro (20,1).

Já os menores índices foram registrados no Piauí (2,6), Amapá (2,9) e Pará (4,4). Mato Grosso do Sul ficou na 10ª posição entre os 27 estados, com taxa superior à de estados vizinhos como Mato Grosso (10,3) e Goiás (14,4).

O relatório diz que os furtos de celular estão ligados à facilidade de revenda dos aparelhos e à existência de mercados paralelos que ainda operam com poucos controles. Apesar da criação do Cadastro Nacional de Celulares Impedidos e de iniciativas de bloqueio remoto, a efetividade das medidas ainda é limitada — especialmente fora dos grandes centros urbanos.

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, há também forte subnotificação nesses crimes: muitas vítimas não registram boletim de ocorrência, especialmente em casos onde o valor do aparelho é mais baixo ou quando há dificuldade de acesso à delegacia.

Em MS, a média diária de furtos de celular foi de aproximadamente 12 casos por dia em 2024. Especialistas defendem maior integração entre as polícias e empresas de telefonia, além de campanhas públicas para incentivar o registro das ocorrências e ações específicas para desarticular quadrilhas especializadas.

O celular, além de bem material, também concentra dados pessoais, bancários e profissionais dos usuários — o que amplia os danos causados por esse tipo de crime, conforme a publicação.

Furtos no geral — Mato Grosso do Sul registrou 14.665 furtos em 2024, considerando quaisquer tipos de bens, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025. O número representa queda de 6,5% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 15.684 casos.

Com isso, o Estado mantém uma das menores taxas proporcionais do País: 53,1 furtos por 10 mil habitantes, bem abaixo da média nacional, que é de 81,1 por 10 mil.

Na comparação proporcional entre todos os estados, MS aparece na 20ª posição entre os 27 entes da federação, com taxa inferior à de vizinhos como Mato Grosso (69,1) e Goiás (94,2), e bem distante das taxas mais altas: São Paulo (148,6) e Rio Grande do Sul (141,8), que lideram o ranking.