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Cidades

Brechó de bolsas de luxo da Capital é denunciado por vítimas em vários estados

Além de 18 ações judiciais, há relatos semelhantes no site Reclame Aqui contra a proprietária do negócio

Por Lucia Morel | 24/06/2025 17:03
Brechó de bolsas de luxo da Capital é denunciado por vítimas em vários estados
Bolsa de advogada de Goiania enviada ao brechó de Campo Grande. (Foto: Processo)

Denúncias de golpe na venda de bolsas de luxo envolvendo um brechó de Campo Grande já soma pelo menos 18 processos na Justiça e denúncias em diversas cidades de Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina e até São Paulo. Além das ações judiciais, há relatos semelhantes no site Reclame Aqui contra a proprietária do negócio, que atua principalmente por redes sociais.

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Brechó de luxo em Campo Grande é alvo de denúncias por suposto golpe em diversos estados. A proprietária é acusada de não repassar valores de vendas consignadas e não entregar produtos pagos. Ao menos 18 processos judiciais foram registrados, além de reclamações no site Reclame Aqui. Entre as vítimas, uma advogada de Goiânia alega ter enviado uma bolsa Gucci para venda, mas não recebeu o pagamento nem teve o item devolvido. A defesa da empresária afirma que os casos estão sendo analisados e acordos estão sendo pagos de forma parcelada, alegando que a proprietária enfrenta problemas psicológicos e financeiros.

Segundo as denúncias recebidas pelo Campo Grande News, a empresária dona do brechó recebia bolsas em consignação e não repassava o valor da venda às proprietárias. Em outros casos, os clientes pagavam pelas peças, mas os produtos nunca eram entregues.

O caso ganhou repercussão após vídeo publicado por um influencer de Goiás, que denunciava a compra frustrada de uma bolsa de luxo. Segundo ele, uma mulher daquele Estado fez a reserva do item com pagamento antecipado de R$ 2 mil, mas o produto foi vendido a outra pessoa e o valor não foi devolvido.

Em outro processo uma advogada de Goiânia afirma ter enviado uma bolsa Gucci ao brechó após contato pelas redes sociais. O item seria vendido após verificação de autenticidade, com contrato firmado e pagamento via Pix de R$ 4,3 mil. No entanto, nem o contrato foi formalizado, nem a bolsa devolvida ou o valor repassado.

Brechó de bolsas de luxo da Capital é denunciado por vítimas em vários estados
Parte de itens à venda em página do brechó nas redes sociais. (Foto: Reprodução)

Segundo o processo, a dívida inicial de R$ 7.280 subiu para R$ 12.254,32, com correções. A autora ainda relata que, após insistência para resolver o impasse, a empresária teria dito que os contatos estavam “atrapalhando suas férias em Orlando-FL” e orientado que ela “cobrasse por meios legais”.

Reclamações semelhantes – No site Reclame Aqui, há ao menos quatro registros de problemas recentes. Um deles, de novembro de 2024, é de uma cliente de Itapema (SC) que alega ter pago por uma bolsa que nunca foi enviada. Segundo ela, a dona do brechó propôs quitar a dívida em parcelas semanais, desde que a reclamação fosse retirada do ar. A cliente retirou a queixa, mas só recebeu duas parcelas.

Outra denúncia, de Dourados (MS), é de uma cliente que comprou uma bolsa Chanel em maio de 2024. A justificativa do atraso foi que o produto estava sendo “revitalizado”, embora tivesse sido vendido como novo. Após meses de espera e várias desculpas, foi prometido estorno que nunca se concretizou.

Outro lado – Os advogados da empresária, Caio Moura Kai e Larissa Estácio, afirmaram que os casos estão sendo analisados individualmente e que acordos estão sendo pagos. “Não temos como pagar à vista, mas estamos parcelando”, afirmaram.

A defesa alega ainda que a cliente passa por problemas psicológicos e financeiros, agravados por má orientação jurídica anterior. “Todos que nos procurarem serão atendidos com boa vontade”, garantiram.

O brechó continua ativo nas redes sociais, mas com acesso restrito. Os nomes foram omitidos por critério editorial, em respeito à privacidade dos envolvidos e às diretrizes da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

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