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Cidades

MS busca expertise de organização internacional para reduzir mortes maternas

Parceria entre Secretaria Estadual de Saúde e OPAS vai qualificar equipe médica e unidades de saúde em Mato Grosso do Sul

Izabela Sanchez e Leonardo Rocha | 13/11/2019 10:47
Governador, Geraldo Resende e Eduardo Riedel ouvem enquanto a médica e representante da OPAS, Socorro Gross, fala sobre saúde materna (Foto: Leonardo Rocha)
Governador, Geraldo Resende e Eduardo Riedel ouvem enquanto a médica e representante da OPAS, Socorro Gross, fala sobre saúde materna (Foto: Leonardo Rocha)

Em 2018, em Mato Grosso do Sul, 29 mulheres morreram durante a gravidez e durante o parto. O índice de “mortes maternas”, muitas vezes esquecido por não ser tão alto quanto outros, é o foco de parceria entre a SES (Secretaria Estadual de Saúde) e a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), ligada à OMS (Organização Mundial de Saúde).

A parceria entre o governo do Estado e a OPAS foi celebrada na manhã desta quarta-feira (13) na sede da governadoria. A OPAS vai fornecer a expertise necessária para qualificar equipes médicas e unidades de saúde em todo o Estado, com foco especial em Jardim, a 233 km de Campo Grande e Aquidauana, a 135 km.

As duas regiões foram escolhidas para serem um tipo de “laboratório” da parceria, já que tem demonstrado mais casos de mortes.

Para o secretário de saúde Geraldo Resende, o compromisso entre Mato Grosso do Sul e OPAS foca no pré-natal, feito pelos municípios na atenção primária. Resende afirma ser precis “conseguir identificar as mulheres que tem algum risco na gravidez”, cita, seja por doenças ou por deficiências na saúde corporal.

Uma das ações será a capacitação de médicos e para isso o governo vai firmar parcerias com a sociedade obstétrica de Mato grosso do Sul. “O foco será identificar gravidez de alto risco para ter desfechos diferente durante o parto”, comentou o secretário.

A meta do Brasil é zerar as chamadas mortes maternas “evitáveis” até 2030, que ocorrem por infecções e hemorragias e tratamento inadequado da gravidez. Para isso, comentou o secretário, é preciso “boa conduta e tratamento pré-natal.”.

Representante da OPAS e da OMS no Brasil, a médica Socorro Gross afirma que a principal estratégia é falar sobre o tema. “Quando não falamos, a informação não é disseminada, devido ao número de casos ser menor que de outras doenças, fica de lado”, disse. “Morte materna não pode ser doença e pode ser evitável”, complementou.

Ela afirma que a SES pode ser mais rápida nos resultados já que a regionalização da saúde está em andamento no Estado. A médica citou, também, os casos de mortes de recém-nascidos “que tem relação com parto e com a saúde da mãe”. “Tem que ter melhor capacitação dos médicos, da saúde, e avaliar os dados, onde tem mais mortes e descobrir o motivo”, comentou.

Públicos mais vulneráveis – O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) comentou que é preciso ter “um olhar mais atento para os públicos mais vulneráveis, como as comunidades indígenas e negras”.

“É preciso se preocupar com questões sociais, principalmente com grupos mais vulneráveis, atacar a mortalidade materna nas comunidades indígenas, negras e entre adolescentes, que devido a desinformação não fazem pré-natal correto”, disse.

Reinaldo citou a necessidade de reduzir o número de mortes e para isso, o foco é o pré-natal e qualificação da saúde no interior de Mato Grosso do Sul. “Vamos usar a expertise da organização para focar no pré-natal, na qualificação, a intenção é reduzir os números nos próximos anos, regionalização da saúde, dar estrutura mais adequada nos locais que vão oferecer pré-natal. O importante mesmo é focarmos na prevenção e na atenção básica”.

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