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Cidades

MS pode ser modelo de atendimento para mulheres vítimas de violência

Tentativas de feminicídio, feminicídios consumados e violência doméstica aumentaram em 2019, no Estado

Tainá Jara e Maressa Mendonça | 12/08/2019 17:18
Sede do Ceam (Centro Especializado de Atendimento à Mulher), no Bairro Monte Líbano (Foto: Kisie Ainõa)
Sede do Ceam (Centro Especializado de Atendimento à Mulher), no Bairro Monte Líbano (Foto: Kisie Ainõa)

Os mecanismos de combate à violência contra a mulher de Mato Grosso do Sul podem servir de modelo para criação de protocolo nacional de atendimento. Visita técnica para verificar a atuação destes órgãos públicos fez parte da agenda da Comissão Externa de Combate à Violência Doméstica e ao Feminicídio da Câmara de Deputados, na tarde desta segunda-feira.

A deputada estadual Flávia Arruda (PL), presidente da comissão, a intenção ao sair do congresso é verificar questões propositivas para fortalecer a rede e criar um protocolo de atendimento para todo o país. Embora a Lei Maria da Penha já disponha sobre a estrutura de funcionamento de órgãos públicos, nem tudo é aplicado, além de haver iniciativas específicas de cada Estado que podem contribuir com o respaldo às vítimas.

Flávia elogiou a rede de atendimento oferecida em Campo Grande e parabenizou os servidores por estarem bem preparados.“O mais importante é acabar com esta cultura machista”, destacou.

A deputada federal Rose Modesto (PSDB), que representa a bancada do Estado, em Brasília, afirmou que a ideia das visitas é ter subsídios para solicitar mais investimentos na área para o governo federal.

A Subsecretária de Estado de Políticas Públicas para Mulheres, Giovanna Corrêa, avaliou a viagem como positiva. “Ao mesmo tempo que elas levam conhecimento das políticas públicas realizadas no Estado, elas também acabam trazendo algumas ideias”.

Além do Ceam (Centro Especializado de Atendimento à Mulher em Situação de Violência), a comissão visitou a Casa da Mulher Brasileira.

A presidente da Comissão Externa de Combate à Violência Doméstica e ao Feminicídio, deputada estadual Flávia Arruda (PL), a subsecretaria, Giovanna Corrêa, e a a deputada estadual, Rose Modesto (Foto: Kisie Ainõa)
A presidente da Comissão Externa de Combate à Violência Doméstica e ao Feminicídio, deputada estadual Flávia Arruda (PL), a subsecretaria, Giovanna Corrêa, e a a deputada estadual, Rose Modesto (Foto: Kisie Ainõa)

Crimes contra mulher – Dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) apresentados à comissão apontam que as tentativas de feminicídio deram uma salto de 93,55% do ano passado para cá. Em 2018, foram 31 denúncias, enquanto até início de agosto deste ano, já foram registrados 60 casos.

Os feminicídios consumados tiveram aumento de 5%. Foram 20 no ano passado e 21 neste ano. Os casos de violência doméstica também apresentaram aumento 0,02%, saindo de 10.216 registros em 2018 para 10.218 em 2019.

Tiveram queda os crimes de lesão corporal dolosa, caindo de 4.440 para 4.249; ameaça, de 9.512 para 9.305; e estupro de 960 para 792.

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